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de multimodalidade, visto que, de acordo com Dionísio (s/d, p. 133): (i)
                    as ações sociais são fenômenos multimodais; (ii) gêneros textuais orais e
                    escritos são multimodais; (iii) o grau de informatividade visual dos gêneros
                    textuais da escrita se processa num contínuo; e (iv) há novas formas de inte-
                    ração entre o leitor e o texto, resultantes da estreita relação entre o discurso e
                    as inovações tecnológicas.
                    Desse modo, se as ações sociais são fenômenos multimodais, consequen-
                    temente, os gêneros textuais falados e escritos são também multimodais
                    porque, quando falamos ou escrevemos um texto, estamos usando no mí-
                    nimo dois modos de representação: palavras e gestos, palavras e entonações,
                    palavras e imagens, palavras e tipografias, palavras e sorrisos, palavras e
                    animações, entre outros.

                    Em verdade, o entrelaçamento de modalidades e o crescente espaço voltado
                    para as semioses não verbais tornaram-se recorrentes em vários gêneros
                    na atualidade. Podemos observar tal fenômeno em diversos gêneros, tais
                    como: propagandas, textos expositivos de livros didáticos dos mais diversos
                    componentes curriculares, artigos de divulgação científica, entre outros.
                    Essa recorrência da complementaridade do texto verbal com imagens é uma
                    estratégia que possibilita o alcance do sentido textual.

                    Esse posicionamento, de trabalharmos a produção de gêneros tradicionais e
                    práticas de produção multimodal e multissemiótica, atende não só aos prin-
                    cípios da MCBM, como também aos direitos essenciais de aprendizagem
                    da BNCC: “Ao componente Língua Portuguesa cabe, então, proporcionar
                    aos estudantes experiências que contribuam para a ampliação dos letramen-
                    tos, de forma a possibilitar a participação significativa e crítica nas diversas
                    práticas sociais permeadas/constituídas pela oralidade, pela escrita e por
                    outras linguagens” (BRASIL, 2017, p. 66).
                    Nessa metodologia de trabalho, inclui-se, para organização, a sistemati-
                    zação, por meio da pasta de portfólio (pasta catálogo), a qual contemplará
                    todas as atividades desenvolvidas pelos estudantes, incluindo pesquisas,
                    anotações, entre outros. Vale lembrar que indicamos, para as aulas de PRO-
                    DUÇÃO TEXTUAL, o uso de bloco pautado no lugar de caderno, de
                    modo que toda e qualquer produção e atividade possa ser destacada e co-
                    locada nessa pasta (ver sugestão de apresentação no ANEXO III), que se
                    configurará como referência do trabalho. No ANEXO IV, propomos uma
                    sugestão de ficha de controle dessas atividades.





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