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As estratégias de avaliação se pautam no diálogo com as estratégias de ensi-
                    no e de aprendizagem, coerentemente com as competências que se almejam
                    potenciar. Assim, a avaliação da capacidade comunicativa deve ser realizada
                    em situações de comunicação; a capacidade de argumentar, em situações
                    de argumentação; a capacidade de resolução de problemas, em situações
                    de resolução de problemas; a capacidade de convivência e participação, em
                    situações de convívio social.
                    A avaliação é prática pedagógica e de gestão que tem como finalidade o
                    diagnóstico e o acompanhamento contínuo e reflexivo do desenvolvimento
                    do currículo e do processo de ensino e de aprendizagem. Abrange, portanto,
                    as estratégias diversas de auto e heteroavaliação de educadores e de estu-
                    dantes. Autoavaliação implica reflexões que o sujeito faz sobre seu próprio
                    aprendizado e desempenho, sendo fundamental que sejam orientadas por
                    roteiros e critérios bem definidos. A heteroavaliação, por sua vez, implica a
                    apreciação do sujeito sobre o aprendizado e o desempenho de outro. Essa é
                    a modalidade mais frequente no espaço escolar; a avaliação que o educador
                    faz sobre o educando é um exemplo de heteroavaliação.
                    A dinâmica de avaliação contínua integra três ações integradas: recolher
                    informações, elaborar juízos e tomar decisões de melhoria. Nesse sentido, a
                    avaliação só se efetiva na tomada de decisões no cotidiano, tanto no planeja-
                    mento e gestão no âmbito da aprendizagem/da aula quanto no planejamen-
                    to e gestão no âmbito da escola. Requer diagnósticos permanentemente
                    atualizados e pautados na análise de dados representativos do conjunto que
                    a subsidiem adequadamente.
                    Assim, o processo de avaliação contempla as modalidades a) diagnóstica
                    (que busca recolher informações que melhor permitam situar os objetos,
                    os sujeitos e os contextos de aprendizagens); b) formativa (que direciona
                    o olhar atento para o desenvolvimento do sujeito, na interação com o
                    objeto, e visa à tomada de decisões sobre ajustes necessários ao processo
                    de aprendizagem); e c) somativa (que se propõe a elaborar juízos e estabe-
                    lecer uma apreciação sobre as aprendizagens constituídas, com base nos
                    critérios definidos).
                    Dessa forma, a avaliação precisa ser planejada. E, no planejamento da ava-
                    liação, a forma como os resultados serão tratados e comunicados deve estar
                    incluída. Essa recomendação serve tanto para a avaliação da aprendizagem
                    quanto para a avaliação do currículo e da escola. A análise dos resultados
                    dessas três instâncias em conjunto é imprescindível, visando à ressignifica-
                    ção e ao aperfeiçoamento das práticas educativas.


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