Page 26 - Diretrizes para Produção Textual - 2ª Edição
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3.  ENSINO E APRENDIZAGEM DE

               PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA


          Neste capítulo, abordaremos a dimensão prática do processo de ensino e aprendizagem da
          produção textual como um processo sistemático e contínuo, formalizado a partir do 3º ano
          do Ensino Fundamental e consolidado ao longo da Educação Básica. Exploramos, a seguir, a

          sequência didática indicada para o desenvolvimento e a proficiência nos gêneros; o passo a
          passo para a elaboração das propostas de produção; e os encaminhamentos para o processo
          de correção.
          3.1 Sequência Didática
          A sequência didática é uma das metodologias indicadas nas Matrizes Curriculares do Brasil
          Marista. Aplicada ao ensino dos gêneros do discurso, a sequência didática é “um conjunto de
          atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral
          ou escrito” (SCHNEUWLY, B; DOLZ, J, 2004, p. 96). Ressaltamos que uma sequência didática
          não é rígida – a ordem é de acordo com o planejamento do professor (Ver sugestão de sequência
          didática – Apêndice I).
           Figura 10 – Estrutura básica da sequência didática para a produção de gêneros (DOLZ; NO-
                                 VERRAZ; SCHNEUWLY, 2004)













          A sequência didáticaestabelece conexão de processos, compreende o planejamento, o desen-
          volvimento e a avaliação de um conjunto de atividades relacionadas entre si, que garante a
          organicidade do processo de ensino e de aprendizagem e gera produções coletivas e individu-

          ais, orais e escritas, em múltiplas linguagens e gêneros diversificados. A sequência didática é
          uma estratégia que favorece a interdisciplinaridade, visto que os objetos de estudo estabelecem
          interfaces com os diversos contextos, situações, componentes curriculares, entre outros. Ela
          permite levar em conta, ao mesmo tempo e de maneira integrada, os conteúdos de ensino, os
          objetivos de aprendizagem e a necessidade de variar os suportes, as atividades e os exercícios
          das aulas. Facilita o planejamento contínuo e a explicitação dos objetivos de aprendizagem.
          Ressaltamos que, de acordo com a BNCC (BRASIL, 2017), o componente Língua Portuguesa

          precisa favorecer a participação significativa e crítica dos estudantes nas diversas práticas
          sociais permeadas/constituídas pela oralidade, escuta, leitura e produção textual.



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