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3. ENSINO E APRENDIZAGEM DE
PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA
Neste capítulo, abordaremos a dimensão prática do processo de ensino e aprendizagem da
produção textual como um processo sistemático e contínuo, formalizado a partir do 3º ano
do Ensino Fundamental e consolidado ao longo da Educação Básica. Exploramos, a seguir, a
sequência didática indicada para o desenvolvimento e a proficiência nos gêneros; o passo a
passo para a elaboração das propostas de produção; e os encaminhamentos para o processo
de correção.
3.1 Sequência Didática
A sequência didática é uma das metodologias indicadas nas Matrizes Curriculares do Brasil
Marista. Aplicada ao ensino dos gêneros do discurso, a sequência didática é “um conjunto de
atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral
ou escrito” (SCHNEUWLY, B; DOLZ, J, 2004, p. 96). Ressaltamos que uma sequência didática
não é rígida – a ordem é de acordo com o planejamento do professor (Ver sugestão de sequência
didática – Apêndice I).
Figura 10 – Estrutura básica da sequência didática para a produção de gêneros (DOLZ; NO-
VERRAZ; SCHNEUWLY, 2004)
A sequência didáticaestabelece conexão de processos, compreende o planejamento, o desen-
volvimento e a avaliação de um conjunto de atividades relacionadas entre si, que garante a
organicidade do processo de ensino e de aprendizagem e gera produções coletivas e individu-
ais, orais e escritas, em múltiplas linguagens e gêneros diversificados. A sequência didática é
uma estratégia que favorece a interdisciplinaridade, visto que os objetos de estudo estabelecem
interfaces com os diversos contextos, situações, componentes curriculares, entre outros. Ela
permite levar em conta, ao mesmo tempo e de maneira integrada, os conteúdos de ensino, os
objetivos de aprendizagem e a necessidade de variar os suportes, as atividades e os exercícios
das aulas. Facilita o planejamento contínuo e a explicitação dos objetivos de aprendizagem.
Ressaltamos que, de acordo com a BNCC (BRASIL, 2017), o componente Língua Portuguesa
precisa favorecer a participação significativa e crítica dos estudantes nas diversas práticas
sociais permeadas/constituídas pela oralidade, escuta, leitura e produção textual.
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