Page 28 - Diretrizes para Produção Textual - 2ª Edição
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Etapa 2 – Prática multimodal: é a combinação de diferentes modos de comunicação para
          criar um conceito mais contextualizado à cultura digital com relação ao gênero de referência.
          Espera-se, com essa prática, engajar o estudante, para tornar a experiência do gênero de refe-
          rência mais interativa e interessante. Ao desenvolver uma notícia, por exemplo, para além dos
          elementos estruturais desse gênero, pode-se associar à pesquisa uma entrevista oral, gravada,
          a fim de que se possa fazer a transcrição da fala do entrevistado. Nesse sentido, teríamos a
          notícia como gênero de referência e a entrevista gravada em áudio e/ou vídeo como recurso
          multimodal para se transcrever ou incluir hiperlinks, para o caso de notícia digital.
          Etapa 3 – Planejamento: espera-se, por meio desta etapa, práticas de escrita associadas ao
          planejamento do texto, que deve ser formalizado em cada proposta. O planejamento prévio é
          a escrita da redação que garante a progressão temática, a coerência e a consistência do texto.
          É o esquema que se deixa perceber pela organização estratégica das informações: no caso das
          narrativas, por exemplo, consegue-se visualizar quem serão os personagens, o tempo, o espaço
          e o conflito do enredo (ver sugestão de modelo no Apêndice II, para uma produção no 4º ano do
          Ensino Fundamental).
          Etapa 4 – Escrita do gênero de referência: é a proposta de produção textual e o resultado; o
          que se concebe por descrição do gênero (etapa 1), as análises das ações sociais enquanto fenô-
          menos multimodais (etapa 2) e o planejamento prévio entendido como projeto de texto (etapa
          3) são condições fundantes para o que se espera da escrita do gênero de referência enquanto
          resultado do comando da proposta.
          Etapa 5 – Feedback de correção: considerando o que preceitua a Matriz Marista, os proces-
          sos avaliativos devem, além “analisar e compreender as estratégias de aprendizagem utiliza-
          das” para essas construções textuais, “acompanhar e comunicar os resultados do processo de
          aprendizagem, dar um feedback individualizado aos estudantes e afirmar, (re)orientar e regular
          as ações pedagógicas” (UMBRASIL, 2021, p. 23); esta etapa visa situar o estudante acerca do
          próprio desempenho, conforme a matriz de correção do Caderno de Produção Textual, a fim de
          provocar uma reflexão sobre o próprio processo de aprendizagem.
          Para complementar as estratégias de correção, sugere-se a autoavaliação como prática de ob-
          servância dessas evidências relatadas pelo docente, de forma a validar o que afirma a Matriz
          Marista (2021, p.37) com relação à produção textual:
                      [...] mediar estratégias de planejamento, reescrita e reelaboração de textos am-
                      plia a capacidade de autonomia e de autoavaliação dos envolvidos no processo
                      de ensino e de aprendizagem, tão importante na concretização dos saberes e
                      das informações por meio da linguagem verbal.
          Com formulário exemplificado no Apêndice X, vem para reafirmar a percepção do estudante
          quanto à necessidade do projeto de texto e a compreensão dos apontamentos realizados pelo
          feedback de correção para a reescrita do texto.
          Etapa 6 – Reescrita do gênero de referência: tem por objetivo ampliar a capacidade de au-
          tonomia e de autoavaliação do estudante no processo de escrita. As matrizes de correção serão
          balizadores que orientam o estudante no desenvolvimento escritor, de modo a fornecer indica-
          ções para que ele possa progredir em cada uma das competências propostas.




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