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Figura 9 – História em quadrinhos sobre variação linguística
Como língua materna da maioria da população brasileira, o português já está em franco uso
pelos estudantes ao ingressarem na escola, no que se refere à fala, a qual independe de escola-
rização. Assim, o papel específico do componente curricular refere-se, sobretudo, ao desenvol-
vimento das competências leitora e escritora. Sendo o estudante um usuário da língua, que já
a conhece e a usa na rotina, ele precisa, na fase do Ensino Médio, aprimorar os conhecimentos
acerca da modalidade escrita, principalmente.
Ao contrário da fala, que é essencialmente espontânea, a escrita é uma convenção constituída
por regras arbitrárias, cujo objetivo é a uniformização e padronização para fins de publicações
oficiais e de ampla circulação, o que exige do usuário atenção quanto à ortografia, pontuação,
entre outros. Nessa modalidade, preza-se, sobretudo, pela construção clara e pela articulação
de enunciados, a fim de se evitar períodos truncados, características básicas para a organização
e expressão do pensamento, a fim de que parágrafos e textos sejam tomados de maneira autô-
noma, isto é, como mensagens que possam ser lidas/ouvidas por qualquer pessoa e de modo
atemporal.
Tanto na modalidade escrita, quanto na falada, faz-se necessário observar, ainda, o emprego de
vocabulário pertinente, diversificado e adequado ao registro e à situação comunicativa. Nesse
sentido, a formação do léxico deve ser ampliada e explorada nos textos orais e escritos produzi-
dos pelo estudante. Não se trata de usar termos e expressões rebuscadas ou de prolixidade, mas
saber usar, com propriedade e precisão, o vocabulário conhecido, fazendo relações e transfe-
rência de sentidos entre palavras e expressões para se comunicar com eficiência.
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