Page 23 - Formação Docente

Os temas indicados pelos docentes foram variados e abordaram desde conteúdos
direcionados especificamente a determinado segmento, até questões gerais da
rotina escolar. Contemplar esses temas é um desafio da formação docente conti-
nuada do Marista Centro-Norte, que objetiva dialogar com os anseios de forma-
ção dos educadores, bem como fortalecer a identidade pedagógica da Institui-
ção. Dentro dessa perspectiva, a Gestão escolar, responsável pela orientação dos
processos pedagógicos, tem responsabilidade com a continuidade da formação
dos educadores, proporcionando, ao ambiente escolar, um clima que favoreça o
desejo continuado do educador por sua aprendizagem.
O contínuo investimento em qualificação do professor, nos espaços maristas de
educação, deve levar em consideração inicialmente critérios exigentes de acesso
ao quadro de professores. Sendo possível desde o primeiro momento identificar
quais são as necessidades imediatas de formação, orientação e acompanhamento
de prática e de conduta como referenciais, bem como constante avaliação e acom-
panhamento para identificação das necessidades de formação continuada. O ato
de ensinar em sua essência, caracteriza-se por sua complexidade, exigindo desse
profissional oportunidades de reflexão para o melhor desenvolvimento.
Dentro do percurso formativo proposto pelo Plano de Formação Continuada Do-
cente, estão contempladas ações que dialogam com os apontamentos feitos pelos
docentes. Em 2019, foram realizados cursos a distância no ambiente NEaD, com
mais de 1600 inscritos, corroborando com a boa avaliação desse formato. Além
disso, o Programa de Vivência Docente, que valoriza o compartilhamento de ex-
periências e a troca dos saberes profissionais entre os professores, dialoga com as
demandas apontadas.
A formação de professores é compreendida nesse processo como uma atividade
em contínuo desenvolvimento, realizada de forma coletiva nos espaços institu-
cionais. Levemos em consideração a experiência individual de cada educador ma-
rista, imerso em uma proposta que possibilite a esse professor uma nova maneira
de praticar e de conceber o seu ofício de ensinar. Sobretudo, por meio de apren-
dizagens de novas competências que respondam às demandas atuais. Uma nova
cultura que se pauta na prática reflexiva como espaço de formação continuada.
A prática reflexiva, nessa perspectiva, viabiliza ao educador adquirir condições
para adaptar-se a situações diversas de ensino pela análise das suas próprias prá-
ticas e de seus resultados. Percebemos daí o atual movimento de gestão educacio-
nal quanto ao trabalho com insumos para construção de intervenções pedagógi-
cas. Dessa maneira, constrói-se uma cultura institucional de reflexão sobre suas
práticas e difusão de conhecimento, como destacado em Alarcão (2001, p.15):

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