Page 17 - Formação Docente
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Para os educadores de 5 a 10 anos de casa, portanto com mais experiência e com
maior imersão no projeto educativo Marista, a formação continuada possibilita
avanços significativos quando promovida com foco em ações inovadoras. São pro-
fissionais que conseguem se posicionar de forma coerente em sua ação pedagógi-
ca, em sintonia com os objetivos propostos para a missão Marista.
O acompanhamento do professor pela equipe técnico-pedagógica, no decorrer
dos anos, implicou em um mapeamento de situações indicadas para a formação
continuada. Configurou-se em possibilidades de intervenção e de inovação, im-
pedindo a acomodação por parte desse educador. Nesse sentido, acreditamos que
o professor necessita em sua vida profissional, de novas aprendizagens atenden-
do as demandas da sociedade contemporânea.
As ações formativas nas unidades, realizadas semanalmente às quartas-feiras,
bem como as atividades presenciais, foram elencadas como modelos que mais
contemplaram os interesses docentes. Os temas apontados por esse grupo de
professores como prioritários foram as ferramentas/metodologias pedagógicas,
Matrizes Curriculares Maristas e/ou BNCC, processos de avaliação e uso de novas
tecnologias na educação (ver Quadro 7).
As temáticas apresentadas pelos educadores traduziram a necessidade do pro-
fessor em desenvolver competências e habilidades direcionadas à complexidade
do cotidiano de sala de aula. Dessa maneira, a busca por tomada de decisões mais
assertivas, intencionalidade para resultados almejados e qualificação e moderni-
zação da ação pedagógica são interesses que mantêm professores com melhores
resultados.
Compreendemos a formação do educador para além dos conhecimentos espe-
cíficos e pedagógicos. As experiências qualificadas pelo tempo de atuação são
potencializadas para habilidades dentro do espaço de sala de aula; uma vez que
essas habilidades pedagógicas possibilitam uma gestão qualificada e intencional
de sua ação. Saber organizar o trabalho pedagógico, planejar resultados futuros
e intencionais, comunicar-se de forma clara, fazer perguntas adequadas, prestar
atenção à pessoa e ouvir de forma qualificada e individualizada, são bons exem-
plos de habilidades qualificadas à docência. Nesse sentido, Pimenta (1999) chama
atenção para a importância em olhar para a prática pedagógica e docente escolar
como objetos centrais de análise constitutivos da formação docente.
As unidades educacionais maristas – exigentes com o processo educativo – apre-
sentam acentuadas expectativas em relação à atuação dos professores, desper-
tando nos educadores interesse preferencial pela formação continuada desenvol-
vida com a junção teoria e prática.
Diretrizes Para a Formação Continuada Docente 17