Page 56 - Diretrizes para Educação Infantil
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O papel do educador neste momento será “refletir, selecionar, organizar, planejar,
                      mediar e monitorar o conjunto de práticas e interações, garantindo a pluralidade
                      de situações que promovam o desenvolvimento pleno das crianças” (BRASIL,
                      2017, p. 39), não perdendo de vista as intencionalidades educativas fundamentais
                      para que as aprendizagens não sejam somente frutos de processos naturais ou
                      espontâneos do desenvolvimento infantil, mas que sejam parte do trabalho
                      atento e sensível desenvolvido pelo educador.

                                 A DCNEI (2009) apresenta possibilidades de experiências que
                                 devem ser oportunizadas às crianças, não trabalhadas de forma
                                 isolada, mas compondo as investigações e os projetos pedagógicos
                                 desenvolvidos na Educação Infantil, a saber:
                                 Art. 9º As práticas pedagógicas que compõem a proposta curri-
                                 cular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as
                                 interações e a brincadeira, garantindo experiências que:
                                 I - promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da
                                 ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que
                                 possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade
                                 e respeito pelos ritmos e desejos da criança;
                                 II - favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens
                                 e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de
                                 expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;
                                 III - possibilitem às crianças experiências de narrativas, de
                                 apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio
                                 com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;
                                 IV - recriem, em contextos significativos para as crianças, relações
                                 quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais;
                                 V - ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades
                                 individuais e coletivas;
                                 VI - possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a
                                 elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado
                                 pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;
                                 VII - possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças
                                 e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de
                                 identidades no diálogo e reconhecimento da diversidade;
                                 VIII - incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o
                                 questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em
                                 relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;






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