Page 43 - Diretrizes para Educação Infantil
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• estimular a contação de histórias (e o reconto), não só aquelas feitas pelos
educadores, mas também incentivar que os próprios estudantes contem suas
histórias, para que produzam textos coletivos (tendo o professor como
escriba) ou textos individuais (com escrita espontânea).
• permitir que as crianças manuseiem livros e revistas, para que a partir desse
contato sejam estimuladas à pseudoleitura e à postura de leitor.
• proporcionar idas a bibliotecas para desenvolver algum tipo de atividade de
contação de histórias ou manuseio de diversos portadores textuais.
As Diretrizes para Produção Textual (UBEE/UNBEC, 2018, p. 16) trazem a maneira
pela qual a construção da leitura é compreendida, tomando como base os estudos
de Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1999). Essa perspectiva coloca a lupa no
processo de “como se aprende” a ler e escrever. Lembrando que a criança é o sujeito
protagonista no processo de ensino e aprendizagem, e “deve estar em contato
permanente com a escrita, que pense, reflita, raciocine, arrisque-se, verbalize
hipóteses para construí-la.” (UBEE/UNBEC, 2018, p. 16). Neste processo, a partir
de experiências e vivências que o estimulem à fala, à escuta, à leitura e à escrita de
textos para descortinar o que a escrita representa, o estudante constrói algumas
hipóteses (pré-silábica, silábica não sonora, silábica sonora, silábica-alfabética,
alfabética).
Assim, o trabalho voltado para o letramento na Educação Infantil tem o compro-
misso de abrir as janelas para a construção de novos saberes, novas hipóteses,
de maneira que o estudante desenvolva seu pensamento e amplie seu conheci-
mento sobre si e sobre o mundo.
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