Page 110 - Diretrizes para Educação Infantil
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Ele deve ser atrativo para o estudante, deve favorecer o protagonismo dos estu-
                      dantes, as interações e brincadeiras. Deve despertar o interesse e a curiosidade da
                      criança em explorar o ambiente, realizando novas descobertas, construindo novos
                      conhecimentos. Esse ambiente não deve ser limitado à sala de aula. Todos os
                      espaços da escola tornam-se um ambiente potente para o desenvolvimento de
                      novas aprendizagens se for planejado com objetivos e intencionalidade pedagógica.
                      Neste sentido, consideramos que os ambientes devem ser organizados de modo
                      que favoreça as interações e brincadeiras, e entenda que a criança deve estar no
                      centro do processo educativo, considerando os seguintes aspectos:
                      •   O ambiente da sala de aula deve ser acolhedor para que a criança se sinta segura, e
                         a vontade para se expressar e interagir com os adultos e com seus pares.
                      •   A sala de aula deve ter um espaço para que os momentos de diálogos, assem-
                         bleias, contações de histórias, rodinhas aconteçam.
                      •   As mesas e cadeiras da sala de aula devem ser organizadas em grupos, duplas
                         ou trios. Não é recomendado que as mesas e as cadeiras estejam enfileiradas,
                         pois essa organização não favorece a interação entre os estudantes.
                      •   A sala de aula deve ser ornamentada com os registros das atividades realizadas
                         pelas crianças, como desenhos, textos coletivos, listas, escritas espontâneas,
                         pinturas, maquetes, cartazes, tabelas, entre outros.
                      •   A arrumação da sala de aula deve ser acessível e visível para as crianças, de
                         modo que elas possam se sentir integradas e pertencentes ao ambiente.
                      •   Na sala de aula devem ter espaços de armazenamento dos brinquedos
                         utilizados pelas crianças, que devem ser estimuladas para colaborar com a
                         organização deles.
                      •   Outros lugares da escola (ambientes externos) também devem ser utilizados
                         como ambientes potentes no desenvolvimento das experiências e atividades,
                         como parquinho, biblioteca, entre outros.
                      Por fim, lembramos que o ambiente escolar é ocupado por todos os sujeitos da
                      educação e, por isso, é importante que todos estejam envolvidos no cuidado com
                      os espaços que ocupam, tanto na sua dimensão física (materiais, brinquedos,
                      livros, gibis, mobiliário, entre outros) quanto nas relações (mediação de conflitos,
                      respeito às diferenças, solidariedade).
                      5.2.2. Materiais
                      Para que os estudantes possam se expressar nas suas múltiplas linguagens,
                      realizar suas experiências, brincar, entre outras ações presentes no cotidiano, o
                      uso de instrumento e materiais diversos é fundamental no espaçotempo da Educação
                      Infantil. Como nos mostra Zabalza (1998):
                                  “[...] uma sala de Educação Infantil deve ser, antes de mais nada,
                                  um cenário muito estimulante, capaz de facilitar e sugerir
                                  múltiplas possibilidades de ação. Deve conter materiais de todos
                                  os tipos e condições, comerciais e construídos, alguns mais formais
                                  e relacionados com atividades acadêmicas e outros provenientes
                                  da vida real, de alta qualidade ou descartáveis, de todas as formas,
                                  tamanhos”. (ZABALZA, 1998, p. 53)



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