Page 98 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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selham que o professor, de acordo com a sequência didática, caminhe para
          sistemas mais complexos, da concretude à abstração, a projeções de ações
          em pensamento, a pesquisa, levantamento de hipóteses, analise crítica, con-
          ceituação etc.

          O modelo de educação regular é o meio mais eficaz no sentido da inclusão
          desses estudantes, contudo pondera-se a importância do atendimento espe-
          cializado, paralelo ou associado ao ensino regular, no intuito de verdadeira-
          mente proporcionar a esse estudante o alcance dos níveis de aprendizagem
          que lhe são possíveis.
          Nesse contexto, além de frequentarem a rede regular de ensino, estudantes
          com DI devem ter atendimento educacional especializado, este podendo
          ser ofertado dentro da escola regular, no contraturno, em salas de recursos
          multifuncionais com equipe multiprofissional ou em unidades de atendi-
          mento especializado parceiras da comunidade educativa, de acordo com a
          realidade local de cada unidade.

          Um ambiente favorável à aprendizagem do estudante com deficiência in-
          telectual começa por valorizá-lo, confiando em suas capacidades e possi-
          bilidades cognitivas, sociais, volitivas, motivacionais e outras.  Construir
          um ambiente positivo, acolhedor, desafiador e edificante é o grande desafio
          da escola em geral e da sala de aula, em particular, tendo o professor como
          agente ativo e mediador. Dar acessibilidade e fortalecer a participação plena
          é mais do que um direito legal: é pedra angular em que a escola firma suas
          bases para o cumprimento das finalidades da educação na vida de todos os
          estudantes. Tudo isso, por meio de propostas educacionais com sentido e
          voltadas à constituição do sujeito que aprende e que ensina. Eliminar bar-
          reiras que obstruam ou dificultem esses processos, estimulando as funções
          cognitivas, por meio de uma pedagogia vivencial e prática, que compreenda
          as diferenças e as oportunidades sociais.
          As atuais políticas de educação especial orientam para a educação em classe
          comum, inclusiva. Orientam, também, que a educação seja complementa-
          da por atendimento educacional especializado (AEE) no contraturno das
          aulas, podendo esse atendimento ser ministrado em instituições e serviços
          da comunidade, quando não ofertado na própria escola onde o educando
          estuda, merecendo destaque a necessidade de intercâmbios entre docentes
          — regente e especializado. O AEE realiza, segundo Gomes et al. (2010),
          para o estudante com DI:





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