Page 83 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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12.1.2  Atendimento educacional especializado (AEE)
                    Em questões que exijam conhecimento especializado, a escola, a família, o
                    estudante e seus professores podem buscar recursos da comunidade, como
                    associações de pessoas com deficiência visual, para palestras e orientações,
                    bem como serviços públicos como o Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas
                    com Deficiência Visual (CAP). Trata-se de um projeto do Ministério da
                    Educação (MEC) que oferece materiais de apoio pedagógico e suplemen-
                    tação didática, que são instalados nas unidades federadas brasileiras. Apesar
                    de priorizarem quem está matriculado no ensino fundamental de escolas
                    públicas, mediante parceria com instituições particulares ou iniciativa da
                    família, esses espaços podem apoiar o estudante das escolas privadas. Um
                    importante núcleo existente no CAP é o de produção Braille.
                    O atendimento educacional especializado (AEE) é oferecido pelo Poder Pú-
                    blico, no contraturno das aulas da própria escola ou em espaços da comuni-
                    dade, tais como Centros ou Núcleos de Atendimento Pedagógico ou salas
                    de recursos multifuncionais com atuação de professores especializados. O
                    AEE para estudantes com deficiência visual consiste em utilizar estratégias,
                    recursos e equipamentos que promovam sua acessibilidade ao conhecimen-
                    to e favoreçam o processo de ensino-aprendizagem. São disponibilizados
                    para esses estudantes as atividades e os recursos de AEE apresentados a
                    seguir (SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007; ARGENTA; SÁ, 2010).

                    •   Avaliação funcional da visão, destinada aos estudantes com baixa visão,
                       visando a identificar como eles recebem, integram e interpretam os
                       estímulos visuais, assim como avaliar e promover sua eficiência a partir
                       dos resíduos visuais que possuem.
                    •   Aprendizagem do sistema Braille, com uso dos instrumentos de supor-
                       te para a escrita (máquina Braille, reglete, punção) e desenvolvimento
                       da leitura tátil.

                    •   Uso de recursos tecnológicos, tais como recursos informáticos, que
                       dão acessibilidade ao estudante cego, merecendo destaque: programas
                       de leitores de tela com síntese de voz, que permitem navegar na inter-
                       net, processar texto, enviar e receber e-mails, por meio de comando
                       de teclado; softwares com magnificadores de tela; circuito fechado de
                       televisão – CCTV (aparelho acoplado a um monitor de TV monocro-
                       mático ou colorido que amplia até 60 vezes as imagens e as transfere
                       para o monitor).




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