Page 70 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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é uma complementação ao ensino regular, realizado preferencialmente em
          escolas comuns, em um espaço de aprendizagem diferenciado denominado
          Sala de Recursos Multifuncionais, onde são atendidos alunos com deficiên-
          cia, alunos com transtornos globais do desenvolvimento e alunos com altas
          habilidades.
          Assim sendo, a referida Política define o público-alvo do atendimento edu-
          cacional especial: estudantes com deficiência — aqueles que têm impedi-
          mentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial,
          os quais, em interação com diversas barreiras, podem ter obstruída sua
          participação plena e efetiva na escola e na sociedade; estudantes com trans-
          tornos globais do desenvolvimento — aqueles que apresentam quadro de
          alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas
          relações sociais, na comunicação e/ou estereotipias motoras. Fazem parte
          dessa definição estudantes com autismo infantil, síndrome de Asperger,
          síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância; estudantes com
          altas habilidades ou superdotados — aqueles que apresentam potencial
          elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano,
          isoladas ou combinadas (intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora,
          artes e criatividade).
          O AEE pode ser ofertado em salas de Recursos Multifuncionais, cujo obje-
          tivo é promover condições de acesso a estudantes público-alvo da educação
          inclusiva, viabilizando a oferta do atendimento educacional especializado
          como espaço de complementação da aprendizagem.

          A sala é composta de mobiliários específicos, materiais didáticos, recursos
          pedagógicos e de acessibilidade, além de equipamentos específicos que aten-
          dam às particularidades desses estudantes. O professor atuante na sala de
          recursos multifuncionais deve ter formação específica para atuação nesse es-
          paço e deve articular com o professor da classe comum de modo a contribuir
          com a complementação da escolarização do estudante. Cabe acrescentar que
          a abertura de sala de recursos multifuncionais nas unidades educacionais
          Maristas só será pensada a partir do apontamento de necessidades das unida-
          des e a partir de uma discussão com a direção das unidades escolares.


          11.  PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO (PEI)
          Na perspectiva da diferenciação curricular, planos individuais têm sido
          utilizados pela escola como instrumentos mediadores com a finalidade



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