Page 56 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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• organização das situações de aprendizagem, levando em conta as dife-
renças, a prática docente e os apoios necessários ao ensino, à aprendiza-
gem e à participação de todos os estudantes;
• consideração da singularidade dos estudantes;
• ênfase na cooperação entre pares;
• respeito aos ritmos de aprendizagem individuais;
• realização de atividades e projetos comuns;
• colaboração entre docentes.
Nessa perspectiva, Mantoan (2017) afirma, em relação às aulas inclusivas e
opondo-se a quaisquer práticas de diferenciação individualizadas:
Para se ensinar a turma toda temos de propor atividades abertas, di-
versificadas, isto é, atividades que possam ser abordadas por diferentes
níveis de compreensão e de desempenho dos estudantes e em que não
se destaquem os que sabem mais ou os que sabem menos, [...] De-
bates, pesquisas, registros escritos, falados, observação; vivências são
processos pedagógicos indicados para realizar essas atividades, além,
evidentemente, dos conteúdos das disciplinas, que vão sendo chama-
dos espontaneamente a esclarecer os assuntos em estudo.
Depreende-se dos autores citados anteriormente que as classes e aulas inclu-
sivas têm em comum o olhar para o grupo-classe. As estratégias de diferen-
ciação destacam modificações na atuação docente e inovação nos aspectos
organizativos e metodológicos adotados, no planejamento e no desenvol-
vimento das aulas. Baseiam-se na premissa da aula para toda a turma. Ou-
tras correntes pedagógicas opõem-se ao pensamento anterior e defendem
a necessidade de modificações mais personalizadas para o ensino, tendo
em vista as necessidades educacionais mais específicas dos estudantes e a
natureza dos apoios que eles possam demandar (MANJÓN, 1995; MEC/
SEESP, 1999).
A Lei n. 9.394/1996, das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL,
2017a), preconiza a avaliação como um processo permanente e contínuo
compartilhado por todos na escola, uma vez que toda apreciação sobre o ser
humano é provisória e dinâmica. A avaliação é compreendida, ainda, como
um processo qualitativo, convergente com sua natureza política — necessa-
riamente participativa — implicada e comprometida com reflexões sobre a
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