Page 51 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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• os objetivos das aprendizagens precisam ser estabelecidos e avaliados
em relação aos próprios resultados e às produções do estudante;
• os conteúdos e objetivos das aprendizagens precisam de ajustes aos
conhecimentos, às habilidades, às competências e aos interesses do
estudante;
• há demanda de flexibilidade qualitativa e quantitativa do ensino para
o estudante.
As adequações de grande porte realizam-se em momentos diversos da vida
escolar dos estudantes, programadas e reavaliadas continuamente para
acompanhar seus progressos. Demandam providências compatíveis com as
necessidades de cada um, muitas vezes requerendo a atuação de monitores
ou auxiliares em sala de aula. Essas medidas de diferenciação podem ocorrer
nas formas descritas a seguir.
a) Medidas de diferenciação organizativas.
• Desenvolvimento de atividades individuais com apoio docente.
• Agrupamento de estudantes (dupla, pequenos grupos) para realização
de atividades iguais ou diferenciadas (adaptadas).
• Provimento do atendimento educacional especializado (AEE) e de mé-
todos específicos (ex.: sistema Braille, LIBRAS, sistema Bliss, progra-
mações de autocuidado etc.).
b) Medidas de diferenciação relacionadas aos objetivos.
• Eliminação ou postergação de objetivos básicos que forem inacessíveis
ao estudante, após avaliação criteriosa de sua competência curricular.
• Introdução de objetivos específicos não previstos para os demais, com
caráter alternativo ou substitutivo de outros objetivos que foram elimi-
nados ou não priorizados.
• Introdução de objetivos específicos não previstos para os demais, com
caráter complementar, ou seja, não substituindo outros eliminados,
mas atendendo a uma necessidade particular (ex.: aprendizagem de
um sistema de comunicação especial ou do manejo de um instrumen-
tal específico).
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