Page 44 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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discutidas para lidar com problemas, de ordem comportamental ou de
aprendizagens em relação aos estudantes;
• equipe de serviços aos estudantes com base na escola — articulação
entre professores e gestores para compartilhamento de informações
sobre as necessidades dos estudantes, inclusive envolvendo as famílias,
com a mediação de coordenadores ou orientadores. Uma equipe dis-
ponível na escola pode não só orientar questões e soluções locais, como
também buscar ajuda externa.
Já Rodrigues (2006) reitera que a heterogeneidade entre os estudantes de-
manda oportunidades diferenciadas de ensino e aprendizagem. No que diz
respeito ao currículo, entende que a diferenciação é de responsabilidade
de toda a escola, não apenas dos professores. A inclusão requer uma nova
organização escolar, apoiada pela prática e pelos valores do professor em sala
de aula.
Por sua vez, Ferreira e Martins (2007) relacionam práticas para o desen-
volvimento de uma sala de aula inclusiva. Entre elas, no que diz respeito à
colaboração na sala de aula, destacam-se:
• criação de uma cultura colaborativa baseada em atitudes e práticas que
impliquem ambiente receptivo e acolhedor para os estudantes e estí-
mulo para trabalhar cooperativamente;
• reconhecimento da importância dos estudantes na escola e na classe,
contribuindo para uma visão positiva de si mesmos e dos outros;
• valorização dos estudantes, por si mesmos e pelos outros, para o desen-
volvimento da cultura colaborativa na escola e na sala de aula;
• respeito e valorização da singularidade dos membros da escola;
• prática pedagógica centrada no estudante, e não no professor;
• tomada de decisões no processo de ensino-aprendizagem de maneira que
os estudantes possam ter autonomia em questões afetas à sala de aula;
• colaboração na realização de tarefas para o desenvolvimento dos estu-
dantes;
• rede de apoio mútua, de modo que todos sejam responsáveis pela
aprendizagem de todos;
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