Page 42 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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• Abrir espaço para níveis diferenciados de participação (atividades indi-
viduais, em pares e em pequenos grupos.)
• Variar e criar metodologias e estratégias de ensino.
• Oportunizar espaço para que os estudantes possam demonstrar seus
modos pessoais de reunir e sintetizar informações, demonstrar com-
preensão de conceitos e habilidades e desempenhar tarefas. Atribuir
igual valor aos métodos de cada estudante.
• Avaliar os estudantes com base em objetivos e progressos individuais.
A flexibilidade curricular aplica-se, portanto, como forma de lidar com a
diversidade na escola e tem como objetivo principal responder aos interes-
ses educacionais e dos estudantes, implicando o que Sacristán (1998) e a
Unesco (2016c) preceituam.
• Adoção de métodos e estratégias de ensino diversificados e criativos.
• Níveis diferenciados de exigência acadêmica para articular objetivos e
conteúdos comuns e diversos.
• Formulação de currículos abertos, flexíveis e acessíveis a todos os estu-
dantes.
• Consideração da pluritemporalidade nas ações pedagógicas, de modo
a contemplar a realidade da escola e dos estudantes.
• Consideração das necessidades reais da comunidade.
A diferenciação curricular representa-se atualmente por duas posições anta-
gônicas, no âmbito da escola comum. Uma das abordagens defende a aula
para todos com atenção às diferenças e singularidades dos estudantes (aulas
inclusivas). A outra preconiza o uso de adequações e ajustes nos elementos
curriculares com foco na demanda dos estudantes. Essas duas abordagens
serão detalhadas a seguir. Para o Brasil Marista, “o currículo é concebido
como um sistema complexo e aberto que articula, em uma dinâmica inte-
rativa, o posicionamento político da instituição, suas intencionalidades,
contextos, valores, redes de conhecimentos e saberes, aprendizagens e os su-
jeitos da educação/aula/escola. No currículo, estabelecem-se os espaços de
aprendizagem e os modos de orientar as políticas e práticas educativas, que
se controem nas tramas do cotidiano escolar. A construção do currículo é
um processo coletivo. Ou seja, ele não é construção para, mas pelos diversos
sujeitos que compõem o processo” (UMBRASIL, 2010, p. 59).
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