Page 34 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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Com o conceito de necessidades educacionais especiais, a educação inclu-
siva toma uma proporção mais abrangente, que está relacionada ao aten-
dimento não apenas de deficiências no ambiente escolar, mas de todos os
estudantes que apresentem alguma necessidade específica para aquisição da
aprendizagem, por fatores extrínsecos ou intrínsecos ao educando.
De acordo com Macedo (2005), caberá à escola e aos educadores agir no
sentido de promover a inclusão e prevenir a exclusão, assim como realizar
adequações curriculares no intuito de promover efetiva aprendizagem
não só aos educandos com necessidades educacionais especiais, mas tam-
bém àqueles que não apresentam uma necessidade específica, contudo
precisam de práticas diferenciadas para aperfeiçoar o processo de aquisi-
ção do conhecimento.
Cabe ressaltar que, enquanto unidade educacional Marista, posicionamo-
-nos como escola inclusiva que atende aos estudantes com necessidades
educacionais especiais, mas compreende a importância do papel da família
e da viabilização de oportunidades de aprendizagens em outros ambien-
tes educacionais, para além do contexto das classes comuns de educação
regular, principalmente em casos de necessidades especiais que requeiram
apoios intensos e contínuos e/ou pervasivos, devido ao nível de gravidade
de seus impedimentos.
Admitimos e recomendamos para esses casos a possibilidade de serviços
de suporte para complementação da aprendizagem, se for o caso, em am-
bientes diferenciados de aprendizagem que não, exclusivamente, o espaço
da escola. Compreendemos, assim, que, nesses casos, as famílias possam
buscar alternativas, além do espaço da escola, para compor a formação inte-
gral do estudante, com acompanhamento de uma equipe multiprofissional.
Ressalta-se que, no que compete às questões pedagógicas no processo de
ensino-aprendizagem, dentro do contexto da escola regular, ficará a cargo
da unidade escolar estabelecer as adequações e estratégias que contribuam
para a melhor aprendizagem e o desenvolvimento do educando.
A concepção Marista, como escola que inclui, propende a tornar um am-
biente em que o educando tenha condições de desenvolver suas potencia-
lidades, além das diferenças. Nesse contexto, seguimos de acordo com a
Missão Marista, de respeitar e acolher as diversidades, compreendendo os
desafios que representam.
No que corresponde ao educador, Ramos (2010) enfatiza que este precisa
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