Page 33 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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Parte III
Organização
pedagógica na
perspectiva
inclusiva
6. O PAPEL DA ESCOLA, DO EDUCADOR E DA FAMÍLIA NA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A expressão alunos ou crianças “excepcionais”, adotada historicamente por
muitos anos, foi substituída por “necessidades educacionais especiais” e ra-
tificada na Declaração de Salamanca de 1994 (BRASIL, 1994). A expressão
inicial, além de sua ambiguidade, foi substituída visando à atenuação dos
efeitos negativos de seu significado no contexto educacional ao se referir a
alunos com altas habilidades ou com deficiências. De acordo com Gonzá-
lez, o termo necessidades educacionais especiais é uma expressão utilizada para
[...] incluir não só os sujeitos que têm deficiências físicas, sensoriais ou
psíquicas, como também os que apresentam dificuldades na aquisição
de aprendizagens, devido a problemas de maturidade, a sua procedên-
cia de ambientes com privações socioculturais, ou como consequência
de intervenções metodológicas inadequadas na própria escola. (Gon-
zález , 2002, p. 113)
O termo necessidades educacionais especiais pode ser utilizado para referir-
-se a educandos cujas necessidades procedem de elevada capacidade ou de
dificuldades para aprender, não sendo, portanto, vinculado apenas às de-
ficiências, e sim, às necessidades de aprendizagem que requerem respostas
educacionais específicas e adequadas.
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