Page 27 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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A gestão da sala de aula é outro aspecto ressaltado por Rodrigues (2006),
inclusive quanto à composição da turma. A sala de aula inclusiva carac-
teriza-se pela oportunidade de acesso a vários e diferenciados grupos de
aprendizagens: grande grupo, grupos de projetos, trabalho em dupla etc.
Nesse sentido, incentiva o professor a olhar para a turma como um todo e
estar atento às diferenças, valorizando a participação de todos em todas as
oportunidades de aprendizagem curricular.
A partir dessas questões discutidas, o olhar volta-se para a necessidade de
identificar se uma escola está sendo ou não inclusiva ou se encontra-se a ca-
minho de tornar-se como tal. Nesse sentido, uma interessante inciativa foi
criada por Booth e Ainscow (2002) com reconhecimento de vários países,
inclusive em estudo no Brasil quanto a indicadores de inclusão escolar.
5.2.2 Indicadores de inclusão escolar
Considerando a escola como uma organização que se desenvolve, Booth e
Ainscow (2002) criaram o Índice para Inclusão. Trata-se de um instrumen-
to que produz indicadores capazes de apoiar o desenvolvimento inclusivo
das escolas, considerando três dimensões basilares: políticas, culturas e prá-
ticas inclusivas, como ilustrado na Figura 1.
Fonte: Booth e Ainscow (2002, p. 7).
Esse instrumento, autoaplicável pela comunidade escolar e circundante,
oferece oportunidade para uma visão de si mesma por parte da escola. Con-
tribui para o aprimoramento da instituição em termos de valores inclusivos
e para a identificação de barreiras à aprendizagem e participação dos estu-
dantes, visando a reduzi-las ou removê-las.
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