Page 210 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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• Fobia social (ansiedade social): é desencadeada por situações sociais,
como falar na frente dos outros. Normalmente, os sintomas aparecem
desde a infância e são desencadeados em situações nas quais a pessoa é
observada.
• Ataque de pânico: pode ocorrer sem nenhuma razão aparente. Duran-
te um ataque de pânico, uma criança geralmente tem súbitos e intensos
sintomas físicos que podem incluir coração acelerado, falta de ar, ton-
tura, dormência, formigamento ou sentimentos.
• Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): causado por uma ex-
periência traumática no passado. Os sintomas incluem flashbacks, pe-
sadelos, medo e fuga do evento traumático que causou a ansiedade.
Não há uma definição consistente para a causa do transtorno de ansiedade
em crianças, podendo a origem ser multifatorial, ligada a questões heredi-
tárias e/ou ambientais. A identificação precoce do transtorno em crianças,
bem como o tratamento adequado podem evitar repercussões negativas na
vida da criança, como absenteísmo e evasão escolar, assim como contribuem
para evitar também a ocorrência de problemas psiquiátricos na vida adulta.
Os sintomas de ansiedade em crianças geralmente são confusos e variados,
podendo facilmente ser confundidos com “manha” ou “birra”. Como o
transtorno pode acarretar dificuldades de concentração, muitas vezes pode
ser confundido, também, com o transtorno de deficit de atenção e hiperati-
vidade (TDAH). O transtorno de ansiedade ocasiona dificuldades no rela-
cionamento com o grupo e retraimento social, sendo muitas vezes confun-
dido com timidez excessiva. Oscilações na atenção, memória e motivação
possivelmente afetarão o desempenho escolar.
A ansiedade pode, em muitos casos, direcionar o pensamento das crianças/
adolescentes para outras questões que não a leitura de um texto ou uma
atividade escolar que precisa ser realizada. Além disso, inclui-se também o
medo de errar, que acaba por comprometer o processo de aprendizagem.
A ansiedade pode interferir principalmente nos momentos de realização de
provas, em que a pressão se torna maior e a criança acaba por não conseguir
recuperar ou recordar o conteúdo estudado. Apesar de se esforçarem, a
necessidade de acertar acarreta maior pressão, que acaba por acentuar os
sintomas do transtorno. As relações com outras crianças também podem ser
comprometidas em função da baixa autoestima, da aparente timidez e do
receio quanto à aceitação por parte dos outros.
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