Page 208 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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Quando há qualquer desordem em um dos estágios supracitados, acontece
          o que denominamos de transtorno de memória, que se relaciona às vias afe-
          rentes aos sentidos, pois quaisquer desordens ocasionarão dificuldade na
          aquisição da memória correspondente (visual, auditiva, olfativa, gustativa,
          tátil etc). Indivíduos com tal especificidade apresentam dificuldades em es-
          tabelecer juízo de valores, inabilidade de avaliar consequências, problemas
          com atenção e motivação. Problemas com a memória podem ocasionar,
          ainda, dificuldades de aprendizagem de números, dos dias da semana, de re-
          cordação de fatos, aquisição de novas habilidades e recordação de conceitos.
          13.2.1.1 Gestão do currículo na classe inclusiva em relação
          ao estudante com transtorno de memória
          A seguir, seguem algumas orientações para as práticas pedagógicas.
          •   Utilizar abordagens multissensoriais, proporcionando ao estudante
              uma gama de sentimentos e sensações que o auxiliará quando necessi-
              tar retomar a memória.
          •   Permitir o uso de gravadores durante as aulas.

          •   Dar orientações e comandos diretos, claros e sucintos, um por vez.
          •   Solicitar leitura oral, pois auxiliará nos processos mnemônicos.
          •   Contextualizar as aulas de forma que o conteúdo tenha significado
              prático na vida do estudante, o que o motivará a prosseguir com os
              estudos.
          •   Proporcionar debates de casos concretos.
          •   Sugerir que o estudante esboce, por meio de vias alternativas, as infor-
              mações trabalhadas durante a aula, além de propiciar uma atividade
              prazerosa visando a auxiliar nos processos mnemônicos.

          •   Posicionar o educando com transtorno nas primeiras cadeiras, de
              modo que diminua os estímulos e evite sua dispersão.
          •   Fazer do espaço de sala de aula um convite ao lúdico, trabalhar com
              jogos e atividades concretas, para auxiliar quando o estudante tiver de
              invocar o conhecimento construído durante a experiência.

          •   Aplicar atividades de fixação de conteúdo.
          •   Utilizar recursos alternativos para fixação de acordos, prazos etc.




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