Page 189 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
P. 189
Em função dos problemas de comportamento causados pelos sintomas,
muitas crianças e/ou adolescentes com TOD tendem a ter prejuízos no
desenvolvimento social e de aprendizagem. Cabe mencionar que o trans-
torno não ocasiona problemas relacionados à inteligência: a criança com
TOD está totalmente apta à aprendizagem, porém enfrenta problemas de
convivência, pois constantemente se envolve em discussões e é rejeitada
pelos colegas de escola. Essa situação pode trazer grandes problemas para a
percepção de autoestima da criança.
12.21.1 Gestão do currículo na classe inclusiva em relação
ao estudante com transtorno opositor desafiante
São apresentadas abaixo algumas orientações para a prática pedagógica.
• Falar próximo à criança, com voz firme. Olhar sempre nos olhos para
que a criança sinta firmeza no que está sendo dito.
• Dar instruções precisas, dizendo exatamente o que se espera. As ordens
devem ser claras e assertivas e é necessário confirmar com a criança se
ela compreendeu o que foi dito.
• Não gritar ou falar em tom de ameaça, pois a tendência da criança será
imitar a maneira como o professor fala e desafiá-lo.
• Trabalhar regras na sala de aula e discutir com as crianças a importância
de cumpri-las. Realizar atividades que abordem questões como res-
peito ao próximo, limites, respeito aos pais e aos mais velhos, regras de
convivência.
• Conversar com os pais para que, juntos, consigam compreender quais
as situações que tornam os sintomas mais aparentes.
• Estabelecer um contrato de comportamento. Discutir com as crianças
quais os comportamentos esperados. Esclarecer quais serão as punições
quando houver comportamento inadequado e elogiar quando o com-
portamento for adequado.
• Se o estudante for distraído, sentá-lo na frente ou no meio da sala de aula.
• Sentar o educando junto com um estudante mais tranquilo caso se
perceba que a criança está querendo chamar a atenção com um com-
portamento negativo.
189