Page 177 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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a fala e controle ineficiente da respiração (em geral curta e audível), a voz
é nasalar, suspirada, fraca e abafada e há alterações quanto ao ritmo e à
força, ocasionadas pela paralisia das pregas vocais. Com dificuldade nos
movimentos da língua, abertura labial estreita, fraqueza e atrofia das fibras
musculares, espasticidades, lentidão nos movimentos, o locutor se cansa
com facilidade e apresenta excesso de saliva. Os estudantes podem apresen-
tar dificuldade na coordenação respiratória, movimentos involuntários na
língua e nos lábios e espasmos de glote.
Estudantes com disartria podem precisar de complementação escolar com
atendimento em salas de recursos multifuncionais no intuito de contribuir
com seu processo de aprendizagem e a melhor aquisição da fala.
12.17.1. Gestão do currículo na classe inclusiva em relação
ao estudante com disartria
Seguem algumas indicações de atitudes, atividades e recursos de comunica-
ção e linguagem para práticas pedagógicas a serem adotadas pelo professor
em sala de aula, com foco na fala.
• Utilizar tecnologias assistivas de comunicação.
• Não apressar a fala do estudante. Manter contato visual enquanto o
educando estiver tentando se expressar oralmente, o que lhe dará se-
gurança.
• Demonstrar interesse pelo que ele está tentando expressar.
• Promover atividades em que suas habilidades se destaquem na turma.
• Não demostrar impaciência quanto à lentidão da comunicação.
• Em atividades expositivas, disponibilizar recursos de comunicação al-
ternativa, como pranchas de comunicação e vocalizadores.
• Desenvolver na turma o espírito de respeito e ajuda coletiva.
• Desenvolver atividades que promovam a apropriação de novos voca-
bulários.
• Propiciar aos estudantes o contato com variedade de vocábulos que
permitam a aproximação progressiva do significado e dos significantes
da linguagem científica.
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