Page 159 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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educadores, entre elas: atrasos na aquisição de fonemas e automatização
                    de falas; dificuldades de reconhecer e trabalhar com as rimas; vocabulário
                    restrito; empenho nas atividades referentes à habilidade fonológica mui-
                    to inferior em relação a outras atividades propostas; dificuldade para ler
                    e escrever; desatenção, fácil dispersão em atividades de leitura ou escrita;
                    dificuldade de memorização em curto prazo; dificuldade em aprender se-
                    quência (dias da semana, meses do ano); dificuldade nas aulas de língua
                    estrangeira; e dificuldades de interpretação.

                    A etiologia da dislexia pode ser atribuída a fatores genéticos (herança poli-
                    gênica, mitocondrial, imprinting genético, trissomias, entre outros), fatores
                    adquiridos (malformação do sistema nervoso central, problemas perina-
                    tais, danos no pós-natal, mau desenvolvimento do sistema nervoso central,
                    entre outros) ou, ainda, ser de natureza multifatorial, a partir da interação
                    entre o genético e o adquirido.
                    Para desenvolver o educando em todas as suas potencialidades, é necessário
                    repensar práticas pedagógicas. Pesquisas apontam que é possível estimular cir-
                    cuitos neurológicos de baixo funcionamento por meio de métodos e estraté-
                    gias que busquem a minimização dos prejuízos ocasionados pelo transtorno.
                    12.10.1.1  Gestão do currículo na classe inclusiva em rela-
                    ção ao estudante com dislexia
                    Algumas recomendações pedagógicas podem ser feitas para lidar com a si-
                    tuação de dislexia, de modo a desenvolver habilidades e favorecer o processo
                    de aprendizagem dos estudantes quanto à leitura e escrita na sala de aula.
                    Algumas sugestões são apresentadas a seguir.

                    •   Maximizar o uso de recursos multissensoriais (visual, auditivo, oral e
                       tátil).
                    •   Propiciar aos estudantes o contato com variedade de vocábulos que
                       permitam a aproximação progressiva do significado e dos significantes
                       da linguagem científica.
                    •   Conhecer o estudante, de forma a identificar quais as áreas com maio-
                       res habilidades e aptidões e estimulá-lo, desenvolvendo-lhe a confiança
                       e a autoestima.
                    •   Utilizar de mecanismos compensatórios, sempre respeitando suas di-
                       ficuldades.





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