Page 154 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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• Estimular o protagonismo do estudante e a sua participação com auto-
nomia e independência, dando espaço a tal protagonismo.
• Privilegiar atividades grupais e colaborativas na sala de aula.
• Reforçar as aprendizagens, oferecer exercícios complementares.
Em todas as situações, faz-se necessário desenvolver programas e propostas
flexíveis e acessíveis ao estudante, considerando os objetivos pedagógicos
gerais previstos para a turma como um todo. Se as dificuldades estão mais
voltadas à leitura e à escrita, por exemplo, que sejam adotados procedi-
mentos verbais, recursos visuais e suportes gráficos, capazes de viabilizar a
aprendizagem, a comunicação e os processos avaliativos indicados. Apoiar
significa, sobretudo, conhecer as demandas singulares dos estudantes e res-
ponder de forma positiva a elas. Recursos de educação especial podem ser
necessários e devem ser buscados, em articulação com a comunidade.
Alguns transtornos funcionais são considerados a seguir, tendo em vista sua
frequência significativa na comunidade escolar e a necessidade de atenção
que deve ser prestada ao educando, de modo a favorecer sua aprendizagem,
aceitação, participação e seu desenvolvimento humano.
12.10 Transtornos específicos de aprendizagem
Entre os problemas de aprendizagem manifestados na escola podem ser
identificados o transtorno específico de aprendizagem ou distúrbios de
aprendizagem. Segundo a Associação Psiquiátrica Americana (APA, 2014),
no DSM-5, o transtorno específico de aprendizagem tem origem biológica
e está na base das dificuldades cognitivas do estudante e suas manifesta-
ções comportamentais. A origem biológica inclui a interação de fatores
genéticos e ambientais com impacto na capacidade cerebral para perceber
ou processar informações verbais ou não verbais com efetividade. Como
consequência, manifestam-se dificuldades persistentes para aprender ha-
bilidades acadêmicas básicas que constam do currículo escolar: leitura de
palavras e textos, compreensão da leitura, escrita, ortografia, cálculo, racio-
cínio matemático.
O transtorno de aprendizagem é também conhecido como distúrbios de
aprendizagem, como define o Comitê Nacional de Dificuldades de Apren-
dizagem (National Joint Committee of Learning Disabilities, 1981, EUA).
Transcrevem esse esclarecimento:
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