Page 151 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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•   Desenho animado: Os Simpsons (Lisa Simpson é superdotada).
                    •   Filme: Mentes que brilham.
                    12.9  Classe inclusiva e estudantes com transtornos funcio-
                    nais
                    A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação In-
                    clusiva do MEC reconhece os transtornos funcionais específicos como situ-
                    ações de necessidades educacionais especiais, no entanto não inclui tais
                    indivíduos em seu público-alvo, conforme consta em seu texto:
                       Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a cons-
                       tituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-
                       -alvo os estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvol-
                       vimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que
                       implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua
                       de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendi-
                       mento às necessidades educacionais especiais desses estudantes. [Grifo
                       do autor] (BRASIL, 2008, p.15).

                    O conceito de transtornos funcionais específicos a que se refere a Política Na-
                    cional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC,
                    2008) remete ao transtorno específico de aprendizagem, transtorno de de-
                    ficit de atenção/hiperatividade – TDAH e outros relacionados ao neurode-
                    senvolvimento, descritos no DSM-5 da Associação Psiquiátrica Americana
                    (APA, 2014). É importante considerar que os transtornos funcionais espe-
                    cíficos não englobam queixas escolares ou situações contextuais como:
                    •   políticas, culturas, práticas pedagógicas, aspectos organizativos e sus-
                       tentabilidade da escola;
                    •   absenteísmo ou impontualidade dos estudantes e dos educadores, in-
                       clusive motivados por greves;
                    •   situações contextuais, pessoais e interpessoais (desinteresse; desmoti-
                       vação; indisciplina; bullying; falta de oportunidade ou dificuldade para
                       compreender os conteúdos curriculares; dificuldades socioeconômicas
                       da família; notas baixas; dúvidas e insegurança de estudantes e profes-
                       sores; receios e medos individuais e coletivos; reprovação e outras);
                    •   situações de deficiência (intelectual, sensorial, física e outros transtor-
                       nos mentais).




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