Page 147 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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Para Relvas (2010) estas crianças podem não ser bem compreendidas; con-
sequentemente correm o risco de serem pouco aceitas pelos grupos de mes-
ma faixa etária, o que pode ocasionar em desajustes comportamentais e
problemas psicológicos. Nessa perspectiva, cabe ressaltar que nem sempre o
estudante com altas habilidades apresenta necessariamente um bom rendi-
mento escolar. Atitudes negativas com relação à escola, bem como um cur-
rículo e estratégias educacionais que não levam em consideração diferenças
individuais, quanto aos interesses, estilos de aprendizagem e às habilidades,
são alguns dos fatores que podem interferir negativamente no desempenho
dos estudantes com potencial elevado (MEC/SEESP, 1995). O professor
precisa conhecer seu estudante de modo que lhe permita adquirir aprendi-
zagens significativas.
Algumas questões, expostas a seguir, podem ser destacadas para reflexão no
que diz respeito às ações pedagógicas e aos apoios a serem disponibilizados
aos estudantes com AH/S na escola.
• Há necessidade de diferenciação curricular para sua educação?
• Como implementar uma programação curricular que valorize e poten-
cialize o desenvolvimento e a expressão de suas AH/S, abrindo espaço
a tal desenvolvimento?
• Como lidar com as dificuldades pessoais e sociais que possam surgir no
contexto escolar e na interação escola-família?
• Como identificar suas necessidades educacionais?
• Como promover o atendimento educacional especializado (AEE) que
lhe é devido?
Essas questões e outras, pautadas pelos princípios da inclusão escolar e do
direito à educação de boa qualidade para todos os estudantes, remetem à
promoção de políticas públicas de sustentabilidade para sua educação e
práticas pedagógicas que respondam, com efetividade, às necessidades de
aprendizagem de todos, em cada nível e modalidade de educação (BRASIL,
2017a). Faz-se necessário criar culturas e ambientes proativos e inclusivos
na escola, em interação com as famílias e, também, organizar aulas que
promovam as potencialidades, os talentos e a criatividade dos estudantes.
Em relação aos estudantes com AH/S, é imprescindível fazer constarem
do projeto político pedagógico da escola ações que contribuam para sua
identificação, enfatizando a formação continuada dos educadores e a flexi-
bilização curricular.
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