Page 149 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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Segundo Virgolim (2007), a aceleração permite ao estudante avançar
e reduzir o tempo das séries escolares. Na compactação do currículo,
abre espaço para uma criteriosa análise do ambiente e o conhecimento
dos conteúdos dominados pelo estudante para indicar o que pode ser
eliminado ou acelerado em relação aos objetivos e conteúdos. Possibi-
lita pular séries e ingressar mais cedo no ensino superior. O desenvol-
vimento do estudante e suas condições afetivas, sociais e de segurança
precisam ser avaliados cuidadosamente para a tomada de decisão.
Não se recomendam acelerações que distanciem o estudante dos pares
na faixa etária, para valorizar oportunidades relacionais e evitar perdas
socioafetivas e dificuldades de adequação escolar.
c) Enriquecimento curricular: essa é a alternativa mais recomendada no
Brasil e em outros países. Para Cupertino (2008), o enriquecimen-
to oferece a oportunidade de experiências de aprendizagem fora do
currículo comum, abordando conteúdos mais abrangentes, mediante
projetos de aprofundamento ou originais.
De acordo com Virgolim (2007), com base em modelo de enriqueci-
mento proposto por Renzulli, pode-se envolver todos os estudantes
da turma em atividades e situações como: encontros com palestrantes
convidados; excursões; demonstrações; criação de centros de interesse;
diversificação de materiais e recursos; espaço para experiências inova-
doras e criativas não usuais no currículo; estímulo ao desenvolvimento
de interesses variados, ao aprofundamento de conhecimentos e outros.
Outra alternativa de enriquecimento, também proposta por Renzulli
e discutida por Virgolim (2007), pode ser: oportunizar a todos os es-
tudantes da turma a participação em: programações voltadas ao de-
senvolvimento do pensamento crítico, à resolução de problemas e ao
pensamento criativo; programas de desenvolvimento dos processos
afetivos, sociais e morais; programações que objetivam o desenvolvi-
mento de habilidades e competências voltadas ao saber fazer (registrar,
entrevistar, classificar, analisar dados e outras necessárias à produção
científica); programações voltadas ao uso de informática, pesquisa em
catálogos de referência e busca de produção científica; programas vol-
tados ao desenvolvimento de habilidades de comunicação escrita, oral
e visual. Ainda com base nas propostas de Renzulli, Virgolim (2007)
sugere a alternativa de enriquecimento curricular mais individualizado
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