Page 136 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
P. 136
forma peculiar de andar, têm dificuldade em terminar tarefas, em escrever e
desenhar coordenadamente e podem apresentar movimentos bruscos.
A síndrome pode ser causada por um conjunto de fatores neurobiológicos
que afetam o desenvolvimento central, principalmente na área correspon-
dente à forma como o cérebro processa a informação. Até o momento, a
síndrome não tem cura, mas a orientação e educação adequadas, assim
como o apoio da escola e da família, contribuirão no processamento do
desenvolvimento da criança para a vida adulta.
12.7.7 Gestão do currículo na classe inclusiva em relação
ao estudante com síndrome de Asperger
Algumas estratégias podem ser adotadas pelo professor desses estudantes,
de modo a promover sua aprendizagem e estimular o apoio dos pares. São
orientações válidas para outras situações de TEA:
• combinar sinais com o educando, de modo que este consiga compre-
ender melhor as expressões;
• evitar o uso de termos com dupla conceituação. Se ocorrer, explicar o
significado;
• evitar grande quantidade de estímulos visuais no ambiente interno da
sala de aula, para diminuir as distrações;
• estabelecer regras e rotinas. Sempre que houver alguma mudança, in-
formar antecipadamente. Essa prática evitará possíveis crises;
• conversar com a criança e ensinar-lhe regras sobre como participar de
uma conversa, esclarecendo como interrompê-la ou mudar de assunto;
• fazer pausa entre as instruções;
• em caso de crise ou alteração comportamental, levar o estudante para
um local mais tranquilo até que se acalme;
• observar os momentos em que o estudante mostra-se mais agitado e
informar à equipe multidisciplinar que o acompanha e à família, para
intervenção conjunta;
• privilegiar a organização da turma em grupos, visando à maior intera-
ção. Em caso de atividade esportiva, aconselha-se determinar a forma-
ção em grupo, de modo que o estudante não se sinta excluído;
136 Diretrizes Curriculares Maristas