Page 131 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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que se aplicam a todos. Antecipar, com persistência, as informações e
                       comunicações de forma simples, clara e objetiva são formas de apoio
                       significativas para o estudante. Com o tempo, a familiaridade com as
                       práticas dispensará a antecipação;

                    •   esclarececimento dos próximos passos das atividades e ações, em sequ-
                       ência, também ajuda o estudante a compreendê-las, aceitá-las e realizá-
                       -las com maior qualidade;
                    •   intervenção e cooperação entre pares para entender e vivenciar o coti-
                       diano escolar;
                    •   apoio escolar quanto às situações inesperadas, novidades e surpresas,
                       esclarecendo-as para o estudante com TEA e ajudando-o a experimen-
                       tá-las. Tais vivências permitem ao estudante distinguir aquilo que é ro-
                       tineiro das novidades, familiarizando-se com as variações do dia a dia;
                    •   empenho da escola para promover o desenvolvimento da comunica-
                       ção, reciprocidade social e flexibilidade mental por meio das vivências
                       curriculares — sistemáticas ou não —, para que ampliem as habilida-
                       des de todos os estudantes.
                    Grandin (2017) sugere algumas pistas para o ensino de estudantes com
                    TEA, baseadas em sua experiência pessoal como pessoa diagnosticada no
                    espectro autista, resumidas a seguir.
                    •   Relacionar gravuras às palavras, para facilitar a formação de imagens
                       mentais de coisas, pessoas e situações.
                    •   Evitar longas instruções verbais, tendo em vista a dificuldade desse
                       estudante de memorizar sequências. Se as instruções excederem três re-
                       comendações, pode-se registrá-las por escrito, para facilitar a atividade
                       de estudantes que conseguem ler.

                    •   Encorajar as habilidades gráficas, os desenhos e a programação de com-
                       putadores.
                    •   Usar as “fixações” e os interesses dos estudantes para motivar os tra-
                       balhos escolares, adotando os temas e objetos de sua preferência para
                       elaborar questões e orientar atividades.

                    •   Usar recursos visuais para ensinar conceitos numéricos.
                    •   Para ajudar a criança a apreciar a escrita, propiciar acesso ao computador.




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