Page 133 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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•   Para generalizar um princípio, utilizar vários contextos, de modo a evi-
                       tar que a regra só se aplique à única situação específica. A generalização
                       no ensino é muitas vezes um problema para estudantes com autismo.
                    •   Ensinar atividades em sequência. Por exemplo: para calçar o sapato,
                       direcionar as mãos da criança para o sapato, usando o método mão-
                       -sobre-mão, deslizando o sapato ao pé da criança. Isso permite que a
                       criança sinta toda a tarefa de colocá-lo. A sequenciação é muito difícil
                       para indivíduos com autismo grave.

                    •   Associar, quando possível, o estímulo novo ao conhecido ou conven-
                       cional. Os estudantes têm mais facilidade em atuar com situações e
                       objetos familiares.

                    Essas dicas podem ser utilizadas pelos professores como referências para
                    criar novas e adequadas estratégias de ensino a situações diferenciadas em
                    sala de aula. Ao considerar a perspectiva histórico-cultural na educação de
                    estudantes com TEA, é fundamental considerar a importância da lingua-
                    gem e a participação do estudante como sujeito ativo. Também é essencial
                    evitar a mecanização dos processos de ensino-aprendizagem, que reduz a
                    aprendizagem à funcionalidade do corpo no ambiente, e valorizar a aquisi-
                    ção e a construção de conhecimentos que integrem as dimensões múltiplas
                    que constituem o sujeito.
                    Outras sugestões e recomendações ao professor podem, ainda, contribuir
                    para a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes com TEA no
                    contexto escolar comum, segundo relato de professores que atuam na área.

                    •   Estruturar rotinas de sala de aula. Em caso de mudança, informar ao
                       estudante o que irá acontecer, antecipadamente.

                    •   Promover ações que possibilitem conhecimento e afinidade entre os
                       estudantes, para que possam estabelecer vínculos afetivos.
                    •   Descobrir interesses do estudante, contextualizando-os com os demais
                       conteúdos a serem apresentados.
                    •   Posicionar o estudante nas primeiras cadeiras nos contextos de apren-
                       dizagem.
                    •   Incentivar o uso de agendas, cadernos, álbuns que favoreçam a comu-
                       nicação.





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