Page 120 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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12.6.2 Gestão do currículo na classe inclusiva
Maia (2017) indica aspectos a serem considerados em programas de atendi-
mento ao estudante surdocego, apresentados a seguir.
• Realizar atividades significativas e relacionadas às experiências e situa-
ções de vida cotidiana dos estudantes.
• Estimular o uso de todos os meios de comunicação.
• Adotar uma abordagem positiva em resposta aos erros cometidos pelo
estudante, entendendo-o como demandas de apoio, de flexibilidade de
tempo para realizar as atividades e de promoção de mais experiências
nas situações almejadas.
• Repetir as situações de aprendizagem.
• Promover um ambiente seguro, favorável aos padrões de imitação e às
relações sociais positivas.
• Firmar atitudes docentes receptivas, coerentes e reguladoras do com-
portamento (estabelecimento de limites) e baseadas em expectativas
positivas.
• Apoiar o estudante para organizar o tempo, as atividades cotidianas e
o pensamento, mediante rotina com atividades claramente definidas.
• Planejar situações estruturadas de aprendizagem, objetivando o êxito
do estudante.
• Dar tempo suficiente e oportunidades favoráveis para que o estudante
dê respostas às demandas docentes.
• Adotar critérios para a escolha de procedimentos, materiais e tarefas
para o estudante.
Cader-Nascimento (2015) enfatiza que o estudante surdocego tem uma
percepção limitada do ambiente, restrita ao que pode ser tocado e às experi-
ências relacionadas ao que lhe é comunicado pelos interlocutores. A media-
ção docente lhe possibilita acesso a materiais adaptados, entre eles, de leitu-
ra e escrita (textos ampliados e/ou com contraste, sistema Braille, materiais
em relevo etc.), fazendo-se acompanhar das informações correspondentes.
As atividades de sala de aula podem ser apoiadas por guia-intérprete ou tu-
tor, inclusive para acesso às informações veiculadas pelo professor regente.
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