Page 23 - Ciências da Natureza
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tífico (objetos do conhecimento e conteúdos nucleares); a educação informal,
transmitida pelos pais, demais familiares e a sociedade como um todo, é a edu-
cação que norteia o bom relacionamento entre os indivíduos, como convivência
com amigos, ações comportamentais em locais públicos como cinemas, teatros,
clubes; e a educação não formal, que constitui a educação fora dos espaços
escolares, espaços não convencionais de educação, mas que também propor-
cionam conhecimento da escolarização formal, ou seja, espaços como: museus,
centros de ciências, jardim botânico e jardim zoológico, ou qualquer outro nos
quais as atividades sejam desenvolvidas de forma direcionada e com objetivos
pedagógicos definidos.
Os estudos de campo articulam o conhecimento prévio e novos saberes com o
conhecimento formal aprendido em salas de aulas e nos laboratórios escolares.
Essas atividades podem incluir visitações in loco a parques, mostras e feiras cien-
tíficas e situações virtuais com auxílios de simulações, como nos casos de visitas
remotas guiadas a museus, observações de modelos moleculares e biológicos,
desde que sejam orientadas pelo docente, estimulantes e utilizem exemplos e
aplicações na vida real, relevantes para solucionar situações-problema variadas.
Berezuk & Inada (2010) pontuam que:
Atividades de campo são fundamentais, por exemplo, no ensino
de ecologia, o próprio supermercado constitui-se em uma fonte
rica de pesquisa e aprendizado no cotidiano e na prática viven-
cial, como, por exemplo, pesquisando a composição química
dos alimentos, categorias de alimentos, enfim, considerando
que o mundo onde o aluno vive se constitui em um rico labora-
tório de ciências, muitos professores assumem a ideia de que
aulas práticas somente podem ser realizadas em laboratórios
apropriados (p. 210).
Uma outra vertente pedagógica que se adequa a diferentes espaços, inclusive nos
laboratórios de ensino de ciências, são as práticas de STEAM (Ciências, Tecnolo-
gia, Engenharia, Artes e Matemática). Essa proposta trabalha com o desenvolvi-
mento de dispositivos para a solução de problemas. As atividades devem envolver
aspectos de cálculos matemáticos, de estruturas e matérias de engenharia,
considerando princípios e leis da ciência, de maneira computacional ou com algum
recurso tecnológico, tudo isso contemplando o belo, como almejado pelas compe-
tências das matrizes maristas.
22 Diretrizes para o laboratório de ensino de Ciências da Natureza