Page 12 - Ciências da Natureza

É preciso também considerar as atividades de laboratório en-
fatizando que a abordagem investigativa implica, entre outros
aspectos, planejar, usar montagens experimentais para coletar
dados seguidos da respectiva interpretação e análise, além de
comunicar os resultados. Tal enfoque propicia aos estudantes
libertarem-se da passividade de serem meros executores de ins-
truções, pois busca relacionar, decidir, planejar, propor, discutir,
relatar etc. (UMBRASIL, 2018, p. 43).

A BNCC relaciona, dentre as competências gerais da Educação Básica para as
ciências, a “curiosidade intelectual, investigação, reflexão, análise crítica, ima-
ginação e criatividade” como imprescindíveis para “investigar causas, elaborar
e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tec-
nológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.” (BNCC, 2017, p.9).
Dessa forma, as práticas investigativas tornam-se parte indissociável da área das
Ciências da Natureza e suas Tecnologias, salientando o vínculo entre as duas
referências aqui trazidas.
O conhecimento científico é um produto humano e deve ser utilizado para moldar
uma sociedade mais fraterna e sustentável. Com o objetivo de vivenciar os preceitos
de São Marcelino Champagnat (1789-1840), o jovem estudante deve ser atuante
na busca pela redução das injustiças sociais e pela sustentabilidade do planeta
para a atual e as futuras gerações. Assim, ele deve aprender a admirar, preservar
e estimular o conhecimento científico sob uma perspectiva cristã da realidade. A
pedagogia marista é a pedagogia do amor, da dedicação da presença, do respeito e
das aplicações práticas cotidianas (UMBRASIL, 2010, p.43).
Na missão de nossa instituição, o jovem deve atuar conscientemente na socieda-
de. Essa ação exige que o estudante marista tenha uma sólida formação de valo-
res cristãos, olhar atento para o bem-estar individual e coletivo e conhecimento
rigoroso dos conteúdos curriculares para fundamentar sua tomada de decisões.
A escola é, portanto, o espaçotempo de reflexão, discussão e participação respon-
sável nas questões que envolvem a sociedade. O estudante marista é capacitado
a desenvolver soluções para situações presentes e futuras, instruído por atitudes
adequadas, para que faça escolhas e intervenções conscientes e pautadas nos
princípios da sustentabilidade e do bem comum (UMBRASIL, 2010, p.67).
A dinâmica de uma aula de laboratório reflete a concepção pedagógica do
docente em relação à importância desse momento de construção de conhecimento
e de suas possibilidades. Por isso, é imprescindível que o docente incentive e
encoraje o estudante na compreensão e execução das atividades propostas. O
laboratório de ensino de Ciências da Natureza é um ambiente pedagógico rico em
possibilidades que permitem, ao docente, desenvolver aulas diversificadas, e, aos
estudantes, aprenderem com a prática, mediante o contato com equipamentos,
instrumentos, substâncias, máquinas, métodos e atividades experimentais.

Diretrizes para o laboratório de ensino de Ciências da Natureza 11