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e comunica os valores do Evangelho em uma síntese ativa en-
                      tre cultura, fé e vida. Se, além disso, o currículo for considerado
                      como a totalidade das atividades educacionais de uma escola,
                      sua linguagem total deve transpassar a relação entre fé, cultura e
                      vida. (CELAM, 2011, p. 42)
          A “síntese ativa entre fé, cultura e vida”, articulada pela comunicação dos “valores
          do Evangelho” é o que mais caracteriza o currículo evangelizador. Lima e Mendes
          (2018, p. 84) afirmam que, quando o Evangelho se reflete no currículo, respeitan-
          do os contextos de inserção e diálogo, os estudantes e educadores podem exercer
          a integralidade e saberes variados são vinculados aos conteúdos curriculares;
          logo, novas aprendizagens são transmitidas e alcançadas.
          Os documentos maristas, orientados pelo magistério da Igreja, também especifi-
          cam o currículo evangelizador quando destacam que:
                      Na  proposta  educativo-evangelizadora  Marista,  o  currículo
                      evangeliza. A concepção de currículo como expressão e produ-
                      to cultural dialoga com o conceito de evangelização que, tendo
                      como princípio a inculturação, se consolida na vida humana e se
                      concretiza na cultura. Para além dos conhecimentos e saberes a
                      serem desenvolvidos ou dos conteúdos a serem trabalhados, um
                      currículo evangelizador tem como centro os sujeitos, seus con-
                      textos e suas culturas. (UMBRASIL, 2016, p. 66)
          Dessa forma, tomando por base as definições de evangelização e currículo evange-
          lizador, o Marista Centro-Norte compreende tanto os estudantes – crianças, ado-
          lescentes e jovens –, como todos os educadores como sujeitos de evangelização.
          De forma especial, espera-se que os educadores contribuam com a missão marista
          de modo criativo e dialogal, por meio dos valores institucionais, como amor ao
          trabalho, espírito de família, presença significativa, simplicidade, solidariedade,
          espiritualidade, justiça, audácia e poder-serviço. (UMBRASIL, 2013, p. 68)
          O Projeto Educativo do Brasil Marista (UMBRASIL, 2010, p. 35) reforça ainda a
          necessidade de referência de cada função, e desperta para a promoção das diver-
          sas responsabilidades. O documento diz “que cada um desses homens e mulheres
          reconheça o desafio de se assumir como sujeito da missão e de se responsabilizar
          por ela, a partir de suas próprias vocações e de seu papel e modo de pertença ao
          Instituto”.
          No que tange às crianças, aos adolescentes e jovens, as Diretrizes da ação Evan-
          gelizadora para o Brasil Marista (UMBRASIL, 2013), afirmam serem estes os pre-
          diletos de Champagnat, prioridade da missão, em especial aqueles que vivem em
          situação de pobreza e de vulnerabilidade. Eles são compreendidos como sujeitos






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