Page 77 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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Parte IV
Práticas
educacionais na
perspectiva de
classes inclusivas
—Tópico I
12. CLASSE INCLUSIVA: UMA AULA PARA TODOS
Considerando uma turma integrada por estudantes com necessidades edu-
cacionais específicas, uma aula para todos requer dos docentes atenção às
singularidades desse público estudantil para que este tenha acessibilidade ao
currículo e à aprendizagem. As seções seguintes deste trabalho abordam o
tema focalizando as situações de deficiência, altas habilidades/superdotação
e os denominados transtornos funcionais.
12.1 Classe inclusiva e estudantes com deficiência visual (dv)
Entende-se por deficiência visual a perda ou redução da capacidade visu-
al, em caráter definitivo, sem possibilidade de correção com uso de lentes
e/ou tratamento clínico ou cirúrgico. Uma pessoa pode ter nascido cega
(cegueira congênita) ou ter perdido a visão após o nascimento, em fases
diferentes da vida (cegueira adquirida ou adventícia). A ausência da visão
constitui uma perda da percepção mais imediata e globalizante. A ausência
e/ou ineficiência visual provoca a reorganização sensorial, atendendo ao ca-
ráter compensatório do corpo humano. O uso dos demais sentidos contri-
bui para os processos de aprendizagem, motivação, interação social, acesso
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