Page 63 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Volume I
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suspirada, fraca e abafada, há alterações quanto ao ritmo e força, ocasio-
nados pela paralisia das pregas vocais. Com dificuldade nos movimentos
da língua, abertura labial estreita, fraqueza e atrofia das fibras musculares,
espasticidades, lentidão nos movimentos, o locutor se cansa com facilidade
e apresenta excesso de saliva. Os estudantes podem apresentar dificuldade
na coordenação respiratória, movimentos involuntários na língua e nos
lábios e espasmos de glote.
Estudantes com disartria podem precisar de complementação escolar com
atendimento em salas de recursos multifuncionais no intuito de contribuir
com seu processo de aprendizagem e melhor aquisição da fala.
Possibilidades:
• Utilize tecnologias assistivas de comunicação;
• Não apresse a fala do estudante. Mantenha contato visual enquanto o
educando estiver tentando se expressar oralmente, isso lhe dará segurança;
• Demonstre interesse pelo o que ele está tentando expressar;
• Promova atividades em que suas habilidades se destaquem na turma;
• Não demostre impaciência quanto à lentidão da comunicação;
• Em atividades expositivas disponibilize recursos de comunicação alter-
nativa como pranchas de comunicação e vocalizadores;
• Desenvolva na turma o espirito de respeito e ajuda coletiva;
• Desenvolva atividades que promovam a apropriação de novos vocabu-
lários;
• Propicie aos estudantes o contato com variedade de vocábulos que
permitam a aproximação progressiva do significado e significantes da
linguagem científica.
Afasia
Esse distúrbio só pode ser percebido em indivíduos que adquiriram as
habilidades linguísticas no período adequado, sem déficits intelectuais.
Portanto, só pode ser diagnosticado a partir do quarto ano de vida. Afasia
consiste na dificuldade e/ou impossibilidade de expressar-se. Quanto à
etiologia, refere-se a lesões em áreas específicas do cérebro responsável
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