Page 67 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Volume I
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Apesar de ser de caráter permanente, pesquisas recomendam o acompa-
nhamento contínuo por especialista da área da fonologia e psicologia,
este em função de possíveis frustações que a criança possa ter em função
da dificuldade, levando a minimização das dificuldades enfrentadas pelos
disfásicos.
O profissional que acompanha a criança deverá estar em sintonia com
a família e a escola, para que, juntos, proporcionem o desenvolvimento
desse estudante.
Possibilidades:
• Tenha paciência de escutar toda a mensagem do estudante sem apressá-lo;
• Não tente adivinhar o que o estudante está querendo dizer ou completar
suas frases, isso evidencia a sua dificuldade;
• Não o trate como menos capaz de desenvolver as atividades propostas;
• Não enfatize erros, e ressalte os pequenos acertos. Não corrija insis-
tentemente as inversões e omissões de palavras e fonemas. Na maioria
dos casos, o afásico tem consciência de pronúncia correta, porém, não
consegue reproduzi-la por questões orgânicas;
• Em casos em que o estudante se expresse apenas por sílabas, incentive-o
a formar palavras, evitando condicioná-lo a este comportamento;
• Mantenha o contato visual, demonstrando interesse pelo que ele está
tentando dizer e demonstre respeito diante de suas dificuldades;
• Fale em ritmo adequado, pausadamente, com clareza e coesão;
• Verifique se o estudante compreendeu todos os enunciados e propostas
de atividades em sala;
• Repita o comando quantas vezes forem necessárias, utilize expressões e
linguagens corporais;
• Utilize uma abordagem pedagógica multissensorial, estimulando o es-
tudante disfásico por meio de recursos táteis, sinestésicos ou visuais;
• Proponha atividades que estimulem a aquisição e fixação de novos
vocabulários;
• Propicie aos estudantes o contato com variedade de vocábulos que
permitam a aproximação progressiva do significado e significantes da
linguagem científica;
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