Page 42 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Volume I
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A intervenção pedagógica precisará transcender
técnicas e estratégias e criar oportunidades para
a valorização da condição humana e para formação
de vínculos. O tratamento médico pode estar
baseado no diagnóstico das anomalias, mas a
educação deve expor potencialidades. (CAMAR-
GOS e col., 2002, p. 22).
Por outro lado, como já mencionado, um educando com severa
necessidade educacional especial terá limitações na assimilação de conteúdos,
conquanto a estimulação do aprender e o convívio social podem contribuir
com avanços em sua aprendizagem, que poderão ser identificados pelo
educador no cotidiano. Porém, no que corresponde ao progresso escolar
para casos específicos, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial
na Educação Básica, por meio da Resolução CNE/CEB nº 02/2001
(BRASIL, 2004) que dispõe:
É facultado às instituições de ensino, esgotadas
as possibilidades pontuadas nos Artigos 24 e 26
da LDBEN, viabilizar ao aluno com grave defi-
ciência mental ou múltipla, que não apresentar
resultados de escolarização previstos no Inciso
I do Artigo 32 da mesma Lei, terminalidade
específica do ensino fundamental, por meio
da certificação de conclusão de escolaridade,
com histórico escolar que apresente, de forma
descritiva, as competências desenvolvidas pelo
educando, bem como o encaminhamento devido
para a educação de jovens e adultos e para a
educação profissional ( Art. 16).
Nessa perspectiva, para os Colégios Maristas, a avaliação deverá ser
pensada em consideração à necessidade de cada educando. Desse modo,
indicamos que a equipe pedagógica da escola analise caso a caso, a ne-
cessidade de ampliação do período de realização das avaliações objetivas.
Pode-se destacar as necessidades especiais de educandos que apresentem
Transtorno do Espectro Autista, deficiências múltiplas com deficiência
intelectual associada, deficiência física ou TDAH, situações que podem
requerer uma análise criteriosa de suas demandas específicas.
No que compete à adequação das avaliações, estas devem ser elaboradas
tendo como base a categorização das necessidades educacionais especiais
(deficiências, transtornos do espectro autista e altas habilidades). Cada
caso deverá ser considerado dentro do contexto e grupo de necessidade
educacional especial que o estudante apresenta. O importante é ter
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