Page 103 - Diretriz de Avaliacao EF e EM - 2ª Edição
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Desse modo, podemos resumir as fases para elaboração de rubricas analíticas conforme o
          diagrama a seguir:

                  FIGURA 30: PASSOS PARA ELABORAÇÃO DE RUBRICAS ANALÍTICAS


                        • Delimitar claramente o instrumento avaliativo


                        • Elencar as habilidades avaliadas
                        • Definir os critérios de avaliação


                        • Delimitar os níveis para cada critério

                        • Elaborar os descritores correspondentes a cada critério

                                  Fonte: Autoria própria (2023)

          5.3 A relação entre rubricas e habilidades
          Para melhor compreender a formulação de rubricas considerando as habilidades prioritárias
          (ou habilidades-alvo), é importante retomar os estudos de Benjamin Bloom (1913-1999) que
          delimitou categorias distintas e progressivas para cada nível hierarquizado do pensamento e
          desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor. Diante disso, pode-se descrever o processo
          de construção do conhecimento por etapas ou níveis, desde que o docente mantenha a atenção
          para os objetivos que se almeja atingir (FERRAZ & BELHOT, 2010).
          As habilidades estarão representadas no formato de verbo de ação no começo da descrição da
          rubrica, tal qual a taxonomia de Bloom preconiza. No entanto, para que a rubrica seja efetiva e
          clara, os parâmetros ou expectativas de aprendizagem devem estar claramente alinhados e
          relacionadas aos processos de elaboração da atividade (instrumento avaliativo escolhido). Assim,
          alinha-se o processo desde o nascimento do projeto até a entrega final a ser avaliada. Todo o
          processo será considerado para uma avaliação justa dos saberes e da construção por etapas.
          A título de exemplo, tomaremos a habilidade EF02CI06, do 2º ano do Ensino Fundamental -
          Anos Iniciais, descrita na BNCC (2018) para trazer à luz da discussão algumas rubricas possíveis
          e rubricas a serem evitadas.
          O desenvolvimento de rubricas perpassa as vivências e concepções pedagógicas do docente e
          deve ser construída de forma clara, evitando-se “rostos felizes x tristes”, adjetivos valorativos
          que descrevem o estudante de “excelente a fraco” entre outros que possam ser considerados
          pejorativos. A construção deve ser livre de olhares subjetivos, evitando interpretações errôneas.
          O docente deve sempre focar na intencionalidade pedagógica que se almeja alcançar e na
          descrição objetiva dos níveis de aprendizagem.




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