Page 51 - Diretrizes do Programa Marista Bilíngue - 4ª Edição
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Esta seção apresenta o planejamento colaborativo como um norteador do
          PMB, em diálogo com os demais campos do conhecimento. Para tanto pro-
          põe reflexões e estratégias de trabalho compartilhado entre os docentes,
          lançando mão das abordagens metodológicas que privilegiam o diálogo in-
          terdisciplinar, destacando a abordagem CLIL, PBL e a Pedagogia de Projetos.
          Posteriormente, são elencados os quadros anuais de planejamento, a fim de
          auxiliar o trabalho pedagógico das unidades.


          3.1 Planejamento colaborativo: interfaces do conhecimento e
          gestão do trabalho em equipe
          A Educação Bilíngue deve ser compreendida para além das capacidades lin-
          guísticas que sustentam sua base de existência e permanência. Ela pressupõe
          a compreensão das possibilidades de trabalhos articulados com os outros
          campos de experiência (no caso da educação infantil) e com outros compo-
          nentes curriculares (no caso do ensino fundamental). A palavra Educação
          traz com ela não o recorte, mas a prerrogativa do sentido abrangente dos co-
          nhecimentos; o termo Bilíngue infere a possibilidade de línguas permeando
          as práticas pedagógicas. Traduz-se, portanto, a possiblidade e o desafio de
          ampliação do repertório linguístico dos estudantes, fluindo pelos diversos
          componentes curriculares.
          Dentre as complexidades inerentes desse modelo de Educação Bilíngue que
          se desponta no Brasil, o planejamento do aprendizado se posiciona na pre-
          missa colaborativa, justamente pela natureza fluida e abrangente daquilo
          que se constitui a Educação Bilíngue em interface com outros saberes.

          O conceito de colaboração implica no trabalho em equipe. A respeito disso
          Perrenout (2000) discute as mudanças e evoluções educacionais que torna-
          ram o trabalhar em conjunto uma necessidade real, resultante da evolução do
          ofício docente, não sendo mais uma escolha pessoal, mas uma demanda real.
          Para a compreensão das implicações e características do trabalho em equipe,
          o autor propõe uma escala para ilustrar os arranjos possíveis:




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