Page 225 - Diretrizes do Programa Marista Bilíngue - 4ª Edição
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Chamar a atenção para o livro e fazer um suspense sobre a história são for-
mas de captar a curiosidade. Ao professor cabe apresentar o autor, o título,
a escrita na lombada e a dedicatória. Todos esses são recursos de letramento
que contribuem não somente para a língua estrangeira, mas para a forma-
ção dos futuros leitores.
Antes de contar a história o professor deve ler, pegar a entonação e ritmo
dos fonemas, sílabas e palavras. Costuma-se dizer que cada livro tem sua
música ou sua cadência. Para pegar a entonação correta da leitura são ne-
cessários alguns treinos prévios, ensaios de voz, pronúncia, ritmo, gestos,
de forma que eles venham a contribuir com o entendimento da história.
As repetições contidas nos livros infantis são recursos que devem ser bem
explorados, elas estão lá para enfatizar determinada parte da história, por
meio delas podem ser feitos drillings (repetições) ou frases em que os estu-
dantes, depois de repetidas algumas vezes, decoram e acabam completando
a fala do professor.
Não é necessária a tradução, uma história bem contada pode ser entendida
pelos movimentos, vozes, entonação, expressão corporal e imagens. A re-
petição da história pode ocorrer muitas vezes para os pequenos, isso inclu-
sive é positivo, pois há a aquisição não somente do sentido do que está sen-
do contado, mas de vocábulos. Depois de conhecida, uma história pode ser
repetida com pequenas encenações em sala, nas quais alguns estudantes
podem ser alguns personagens, ou mesmo, elementos que são importantes
na história, como árvores, vento, sol, o que o professor julgar que pode ser
usado. Todavia, a performance da encenação fica melhor se a história já for
conhecida, pois os estudantes saberão o que fazer. Na realidade, tudo vira
uma brincadeira de imaginação, de faz de conta, as crianças adoram.
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