Page 8 - Guia do laboratório de matemática
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1.1 As aulas no laboratório de matemática
O conhecimento científico nos proporciona a
capacidade de ampliar a compreensão e atuação no
mundo em que vivemos. Sob este aspecto, a Mate-
mática deve oferecer ao educando a oportunidade
de reflexão e ação, dando a ele embasamento para
reivindicá-la com o seu próprio amadurecimento
(OLIVEIRA GORENWALD et.al., 2005).
Esse conhecimento científico pode ser chamado
também de saber científico e é um dos alicerces mais
importantes na chamada sociedade da informação.
Segundo a Organização das Nações Unidas - UNESCO (2003), saber sobre ciência
é uma exigência para a formação de um cidadão consciente e crítico sobre
os acontecimentos do mundo, sendo a base para iniciarmos um crescimento
sustentável a partir da aplicação de novas tecnologias. O desenvolvimento dessa
competência encaminhará para o objetivo maior da educação: reduzir as desi-
gualdades, possibilitando a problematização do conhecimento e o estímulo que os
estudantes necessitam para absorver o que lhes foi ensinado teoricamente.
As atividades teóricas nas unidades socioeducacionais do Marista Centro-Norte
devem ser sempre orientadas pelas Matrizes Curriculares da Educação Básica do
Brasil Marista, e as aulas práticas no Laboratório, seja em modelo presencial ou
híbrido, não poderiam ser diferentes. Faz-se fundamental para o processo de
ensino e aprendizagem, que os estudantes percebam o componente curricular de
Matemática como campo de estudo inter-relacionado a outras áreas de conheci-
mento, quais sejam: Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas
e suas Tecnologias e Linguagens, Códigos e suas Tecnologias.
Os temas abordados em Matemática apresentam similaridades ao longo da
construção cognitiva dos estudantes nos segmentos da Educação Básica, que
são claramente tratadas em níveis de profundidade diferentes. Na proposta
de avaliação da Matriz Curricular Marista para a Área de Matemática (2019), são
ressaltados o planejamento e o desenvolvimento de diferentes perspectivas, a
quais favorecem a construção da capacidade metacognitiva. Essas perspectivas
precisam ser entendidas de forma complementar e inter-relacionar os diferentes
aspectos da aprendizagem: consciente, cooperativa, continuada, interdisciplinar,
contextualizada e significativa.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) afirma a perspectiva de que o conhe-
cimento matemático é uma necessidade para os estudantes e que não pode ser
restrito à quantificação de fenômenos determinísticos como a medição de
objetos, grandezas e técnicas de cálculos, pois estuda também as incertezas
de fenômenos aleatórios. Nesse processo, o trabalho com o laboratório de Matemáti-
ca trará continuidade à aprendizagem iniciada em sala da aula (presencial e/ou
híbrida), motivada pelos professores do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.
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