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estar aberto para participar de propostas para um trabalho colaborativo, o que
          certamente representará uma oportunidade de aprendizado, na interação e na
          responsabilidade em grupo (DAMIANI, 2008).
          O trabalho colaborativo, desenvolvido em um ambiente educacional, configura-
          -se como uma abordagem voltada para as relações em que os sujeitos envolvidos
          compartilham discussões e decisões. Essa postura de troca, respeito e liderança
          inspiradora faz parte da Missão Educativa Marista. Desse modo, “partilhamos a
          nossa experiência educativa e evangelizadora e aprendemos com a experiência
          dos outros. ” (INSTITUTO MARISTA, 2000, p. 65).
          A atuação estratégica da equipe gestora terá seus resultados mensurados a partir
          do quanto cria um ambiente compartilhador, visto que o aprendizado sobre as
          melhores práticas de gestão e as melhores práticas do fazer pedagógico só assu-
          mem sentido quando as competências e habilidades da equipe forem usadas para
          avançar na ação pedagógica. O verdadeiro aprendizado virá junto com a experi-
          mentação e com a prática reflexiva.
          A equipe gestora e as coordenações locais são essenciais para o êxito do progra-
          ma de Vivências Maristas. São elas que oportunizam os momentos de diálogo e
          de avaliação posterior da experiência. A organização das formações semanais,
          já consolidadas no Marista Centro-Norte, bem como as atividades da Jornada
          Pastoral Pedagógica, podem ser inseridas no percurso de Vivências Pedagógicas.
          A colaboração é a interação pessoal em que os indivíduos são responsáveis por
          suas ações, incluindo aprender e respeitar as habilidades e contribuições de seus
          pares. Em todas as situações em que os indivíduos se reúnem em grupos, são pro-
          movidas maneiras de lidar entre as pessoas que respeitem e realcem as habilida-
          des e as contribuições dos membros do grupo. Esse exercício permite trabalhar as
          relações de autoridade e aceitação de responsabilidade entre os participantes de
          uma determinada equipe (ALBUQUERQUE, GONTIJO, 2013).
          Damiani (2008, p. 222) destaca diversas pesquisas que apresentam os benefícios
          das atividades colaborativas:
                      Esses autores apontam ganhos em termos de: 1) socialização (o
                      que inclui aprendizagem de modalidades comunicacionais e de
                      convivência), controle dos impulsos agressivos, adaptação às
                      normas estabelecidas (incluindo a aprendizagem relativa ao de-
                      sempenho de papéis sociais) e superação do egocentrismo (por
                      meio da relativização progressiva do ponto de vista próprio); 2)
                      aquisição de aptidões e habilidades (incluindo melhoras no ren-
                      dimento escolar); e 3) aumento do nível de aspiração escolar.
          O reflexo do trabalho colaborativo entre docentes, gestão, coordenação pedagó-
          gica, após as avaliações dos processos coletivamente, será na atuação destes nos
          espaços escolares.



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