Page 217 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Edição II
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No que tange ao contexto escolar, compreende-se que, em função de os sin-
tomas do transtorno depressivo do humor afetarem áreas correspondentes
à concentração e atenção, na maioria dos casos, a criança ou adolescente
apresenta dificuldades no desempenho escolar. As questões sociais também
são comprometidas no ponto em que estas ficam mais deprimidas e tendem
a se isolar, ocasionado dificuldades nos relacionamentos interpessoais.
13.2.5.1 Gestão do currículo na classe inclusiva em relação
ao estudante com transtorno depressivo do humor
As atividades e os processos elencados abaixo compõem as orientações para
a prática pedagógica.
• Construir uma relação de confiança com a criança. Respeitar e cumprir
os acordos estabelecidos, de modo que ela perceba o cuidado.
• Demonstrar para a criança/adolescente a importância dela perante o
grupo da sala de aula, de modo que ela participe das atividades e dos
eventos da escola.
• Esclarecer com a turma as especificidades da criança, com cuidado para
não expô-la ou estigmatizá-la perante os colegas.
• Reafirmar a capacidade do educando de realizar as atividades e mostrar
que ele deve cumprir com suas atividades, assim como os demais.
• Demostrar disposição para ouvi-lo e compreensão do momento difícil
pelo qual ele está passando, encorajando-o a continuar cumprindo
com as atividades escolares.
• Motivar a participação do estudante nas atividades propostas.
Os transtornos de humor, de maneira geral, causam comprometimentos
nos aspectos sociais, ocupacionais e emocionais, porém a presença e o apoio
da família, somados a um acompanhamento psicológico eficaz, trazem im-
portantes resultados para o tratamento destes transtornos.
13.2.5.2 Algumas fontes para ampliar a pesquisa sobre es-
tudantes com transtorno de humor
Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtorno
Afetivos: http://www.abrata.org.br.
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