Page 122 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Volume I
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Para crianças e adolescentes cujo humor vacila entre campos opostos, ex-
                    citação e depressão, este transtorno pode representar uma montanha russa
                    de emoções. Os períodos de excitação afetam o humor e a cognição, assim
                    como o comportamento e algumas funções biológicas. Os pensamentos
                    ocorrem de modo mais acelerado, dificultando que o indivíduo se expres-
                    se com clareza, podendo pular de um assunto para outro com rapidez,
                    sem estabelecer limites. Tais episódios tendem a dificultar a sequência de
                    um pensamento.
                    Em contraste a esses momentos eufóricos, ocorrem os momentos depres-
                    sivos, que são caracterizados por baixos níveis de energia, e assim como a
                    excitação ocasionam alterações de humor e cognição. Não sentem prazer
                    nem se motivam para realizar atividades antes prazerosas. A criança pode
                    se mostrar mais cansada, quieta ou lenta, em alguns casos pode ficar
                    excessivamente agitada.

                    Visto as dificuldades enfrentadas por estudantes diagnosticados com
                    transtorno bipolar, é importante que a escola crie estratégicas, junto à
                    família e demais profissionais que acompanham a criança, com o intuito
                    de auxiliá-la para melhor desenvolvimento cognitivo e social.

                    Possibilidades:
                    •  Estabeleça limites. Muitas vezes as crianças com transtorno bipolar
                      podem apresentar reações agressivas e/ou violentas. Procure estabelecer
                      uma relação de confiança e segurança na sala de aula;
                    •  Ambientes excessivamente estimulantes podem causar maiores dificul-
                      dades no processamento de novas informações;
                    •  Conheça seu educando. Quanto mais proximidade você conseguir ter
                      do seu educando mais fácil se tornará o reconhecimento e a intervenção
                      quando este apresentar com os sintomas do transtorno;
                    •  Evite sentar os alunos em locais próximos a ruídos ou sons (como janelas
                      e portas), bem como com contato direto a luz artificial, essas condições
                      podem causar maior desconcentração e irritabilidade;
                    •  Estabeleça relação de troca e diálogo com a família de modo a compre-
                      ender as necessidades especiais do educando;
                    •  Qualquer mudança súbita que afete seu desempenho, capacidade de
                      concentração e comportamento deve ser comunicada a família.





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