Page 120 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Volume I
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desconforto psicológico e físico. São considerados casos clínicos quando
                    os sintomas atingem a pessoa de modo a afetar seus sentimentos, pensa-
                    mentos e alterar comportamentos e relações sociais.
                    Quando o transtorno depressivo de humor se manifesta em crianças,
                    estas podem apresentar sintomas como apatia, choro e tristeza sem motivo
                    aparente, lentidão ao se movimentar, tom de voz monótono, fala aparen-
                    temente triste e/ou sofrida, dores de cabeça e dor de barriga frequente.
                    Também pode ficar irritadiça e instável. A criança ou adolescente passa a
                    aparentar desinteresse em atividades que antes eram prazerosas, falta de
                    energia e cansaço frequente, queda no desempenho acadêmico, dificuldade
                    de memória e raciocínio, entre outros sintomas.
                    Para ser considerada depressão é preciso que os sintomas estejam
                    presentes todos os dias e perdurem de quatro a doze meses, podendo
                    trazer graves interferências na vida da pessoa.
                    No que corresponde ao contexto escolar, compreende-se que em função
                    dos sintomas do transtorno depressivo do humor afetar áreas correspon-
                    dentes à concentração e atenção, na maioria dos casos, a criança ou o
                    adolescente apresenta dificuldades no desempenho escolar. As questões
                    sociais também são comprometidas no ponto em que estas ficam mais
                    deprimidas e tendem a se isolar, ocasionado em dificuldades nos relacio-
                    namentos interpessoais.

                    Possibilidades:
                    •  Construa uma relação de confiança com a criança. Respeite e cumpra os
                      acordos estabelecidos, de modo que ela perceba seu cuidado;
                    •  Demonstre para a criança/adolescente a importância dela perante o
                      grupo da sala de aula de modo que ela participe das atividades e eventos
                      da escola;
                    •  Esclareça com a turma as especificidades da criança, mas tenha cuidado
                      para não expô-la ou estigmatizá-la perante aos colegas;
                    •  Reafirme sua capacidade de realizar as atividades e mostre que a criança/
                      adolescente deve cumprir com suas atividades, assim como os demais;
                    •  Demostre que está disposto a ouvi-lo e que compreende o momento
                      difícil pelo qual ele está passando e encoraje-o a continuar cumprindo
                      com as atividades escolares;
                    •  Motive a participação do estudante nas atividades propostas;




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