Page 118 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Volume I
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Crianças e adolescentes com transtorno de conduta podem apresentar
                    comorbidades como transtorno desafiador opositivo, transtorno afetivo
                    bipolar, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ou até mesmo
                    esquizofrenia.
                    Cabe ressaltar que o transtorno de conduta não deve ser confundido com
                    o  termo  “distúrbio  de  conduta”.  Esse  termo  é  utilizado  para  designar
                    crianças e adolescentes que causam problemas e perturbam o ambiente
                    escolar e familiar, mas que não estão necessariamente ligados a fatores
                    neuropsiquiátricos.

                    Crianças e adolescentes portadores do transtorno de conduta fazem parte
                    de um quadro de estudantes que não necessariamente portam déficit
                    intelectual, mas que em função de condutas e comportamentos específicos
                    acabam por acarretar dificuldades no processo de ensino-aprendizagem,
                    visto que suas dificuldades relacionadas ao comportamento tendem a
                    prejudicar, e por muitas vezes, inviabilizar as relações com os demais colegas
                    de turma e com o próprio professor.
                    Acrescenta-se que o transtorno de conduta interfere no processo de apren-
                    dizagem, no sentido em que o rendimento escolar, principalmente nas ha-
                    bilidades de leitura e verbalização, em geral, pode se apresentar abaixo do
                    nível esperado para a idade da criança. Além disso, podem ocorrer casos
                    de faltas frequentes, suspensão ou expulsão da escola devido ao compor-
                    tamento.
                    Compreendendo que o transtorno trata-se de um fator comportamental,
                    o ambiente escolar pode inibir ou acentuar esse comportamento antisso-
                    cial da criança ou do adolescente.
                    Possibilidades:

                    •  Estabeleça regras. Faça um contrato de convivência por escrito com
                      a criança. Recorra a ele sempre que necessário de forma que a criança
                      compreenda os limites;
                    •  Faça contato sempre que necessário com os demais profissionais que
                      acompanham a criança para melhor acompanhamento e avaliação;
                    •  Sempre que possível promova reuniões com os pais, para traçar estra-
                      tégias e estabelecer regras em conjunto para melhor avaliação de seu
                      comportamento;




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