Page 114 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Volume I
P. 114

Os sintomas de ansiedade em crianças geralmente são confusos e variados
                    podendo facilmente ser confundidos com manha ou birra. Como o trans-
                    torno pode acarretar dificuldades de concentração, muitas vezes pode ser
                    confundido, também, com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hipera-
                    tividade (TDAH). O Transtorno de Ansiedade ocasiona dificuldades no
                    relacionamento com o grupo e retraimento social, muitas vezes confun-
                    dido com timidez excessiva. Oscilações na atenção, memória e motivação
                    possivelmente afetarão o desempenho escolar.

                    A ansiedade pode, em muitos casos, direcionar o pensamento das crian-
                    ças/adolescentes para outras questões que não leitura de um texto ou a
                    uma atividade escolar que precisa ser realizada, inclui-se ainda o medo de
                    errar que acaba por comprometer o processo de aprendizagem.
                    A ansiedade pode interferir principalmente nos momentos de realização
                    de provas em que a pressão se torna maior e a criança acaba por não con-
                    seguir recuperar ou recordar o conteúdo que foi estudado. Apesar de se
                    esforçarem, a necessidade de acertar acarreta em maior pressão que acaba
                    por acentuar os sintomas do transtorno. As relações com outras crianças,
                    também, pode ser comprometida em função da baixa autoestima, da apa-
                    rente timidez e do receio quanto à aceitação pelos outros.
                    Possibilidades:
                    •  Demonstre para a criança/adolescente a importância dela perante
                      o grupo da sala de aula de modo que ela participe das atividades e
                      eventos da escola;
                    •  Esclareça com a turma as especificidades da criança, mas tenha cuidado
                      para não expô-la ou estigmatizá-la perante os colegas;
                    •  Reafirme sua capacidade de realizar as atividades e mostre que a criança/
                      adolescente deve cumprir com suas atividades, assim como os demais;
                    •  Procure estabelecer uma relação de confiança e segurança na sala de aula;
                    •  Em atividades orais estimule a participação das crianças.

                                                          Ampliando sua pesquisa
                                      Associação dos Portadores de Transtorno de Ansiedade
                                                         http://www.aporta.org.br/




                                                               Volume1 113
   109   110   111   112   113   114   115   116   117   118   119